É HORA
É hora de bater na porta
e sentir o arrepio do medo
do nosso segredo que se avoluma.
É hora de virar espuma
como todos nós numa duna.
Então senti
o presságio de desespero.
É hora de abrir a porta
e sentir-se melhor
e colher uma cor.
É hora de partir
sem ritmo
alucinado e preso
ao tempo em mistério.
É hora de abrir a porta|
sobrevoar o
cemitério.
É hora de chorar
pelos que partem
pelos que ficam.
Eis que alguém abriu a porta,
e a luz dos mistérios
Descortinar-se-á
É hora de abrir a porta
e suportar a coragem.
Fernando Medeiros
Nenhum comentário:
Postar um comentário