A pandemia da COVID 19 foi devastadora para o Brasil e para o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) mais de 5 milhões de pessoas morreram no mundo e no Brasil, 610 mil brasileiros e brasileiras perderam sua vida. Ainda hoje seguimos com problemas relacionados a pandemia e seu prejuízo é incalculável. São muitas as áreas afetadas. Desemprego, fome, luto pela perda de pessoas e falência de empresas são, entre outras coisas, os problemas que nos assolam.
No Brasil, enfrentamos uma realidade muito pior do que vários países do mundo por enfrentar o ataque de negacionistas, má gestão pública da pandemia e o processo de corrupção em investigação por suspeitas de desvios do recurso destinados ao enfrentamento da pandemia. Isso tudo em meio ao momento mais difícil de nossa história. As formas de prevenção da transmissão do coronavírus e as pesquisas científicas foram desacreditadas, a vacina que foi o meio mais eficaz para controlar a pandemia e a morte das pessoas infectadas chegaram com muito atraso ao Brasil devido a falta de compromisso do governo federal com a vida da população brasileira. Assistimos ao pior do que a humanidade pode provocar. Testemunhamos declarações públicas de governantes e de autoridades desconsiderando o sofrimento das pessoas doentes ou que perderam seus familiares pela COVID 19 e defendendo cura milagrosa da COVID com remédios sem efeito, empresas e profissionais de saúde fazendo experiências com remédios sem efeito com pessoas doentes com COVID, empresas de saúde mandando profissionais cortar oxigênio de pessoas doentes, entidades médicas sendo coniventes com condutas irresponsáveis de profissionais de medicina negacionistas e antivacina que agravaram a condição de saúde de pessoas doentes. Nós vimos, inclusive, lideranças religiosas que usaram de sua influência para convencer fiéis a ter atitudes de risco como não tomar vacina ou não usar máscaras entre outras coisas.
Agora que as atividades estão sendo retomadas aos poucos fica nossa pergunta. Será que as coisas vão melhorar? Muitas pessoas perderam seu trabalho e estão passando por muitos problemas enquanto o custo de vida só aumenta. A cesta básica aumentou muito, a inflação voltou a assombrar o Brasil com a taxa mais alta dos últimos 20 anos. Brasileiros que estavam acostumados a viajar e agora terão que voltar a sua rotina com poucas perspectivas de vida, pois, os preços só aumentam. Gás, energia, combustíveis estão muito mais caros e estão inviabilizando muitas coisas no Brasil.
Segundo resultado do Inquérito Nacional sobre Insegurança
Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, realizado pela Rede Brasileira
de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN)
entre 5 e 24 de dezembro de 2020, com abordagens em 2.180 domicílios nas cinco
regiões do país, em áreas urbanas e rurais (acesse aqui), há 19 milhões de pessoas que passam fome no Brasil, 9% de nossa população.
Essas problemáticas afetaram diretamente a saúde e a saúde mental de nossa população. Segundo levantamentos realizados a procura pelo atendimento em saúde mental dobrou na pandemia e por isso muitas pessoas não estão conseguindo ser atendidas (https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/02/17/procura-por-atendimento-psicologico-e-psiquiatrico-nos-servicos-da-prefeitura-de-sp-mais-que-dobra-durante-a-pandemia.ghtml). A demanda está muito acima da média e o que resta a população em alguns casos é aguardar em filas de espera.
Esse cenário descrito demanda
que haja mais investimentos na área de saúde mental tanto para saber suas
causas quanto a real necessidade de atendimento para a população.
Manifestamos aqui novamente nossa
solidariedade, porque pensamos que o lugar mais difícil que possamos estar é no
lugar do outro, pois, não sabemos o que está se passando e as necessidades de
cada pessoa nesse momento.
Nós, do Blog do Tear das Artes,
desejamos que a situação se transforme e que logo esse sofrimento passe. Que as
coisas continuem se restabelecendo para que nosso povo consiga se recuperar
dessa tragédia que assola nosso mundo. Entendemos que todos tem
responsabilidades governantes e população e mesmo com o retorno das atividades
precisamos manter os cuidados para não voltarmos a viver a tragédia
causada pela pandemia da COVID 19.
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