Ao
amigo Ismael
Tendo
vindo mesmo sem saber, distante de um querer próprio, mas pelas mãos
da necessidade da esposa doente... foi ficando.
As
mãos rudes, calejadas e meticulosas de mecânico de motor pesado,
foi se adaptando aos fios, palitos, barros e bites...
Por
aqui, no seu Tear das Artes, pode degustar sua rotina de manhã de
segunda-feira; nunca faltava, sempre na hora, pronto pra mais um
peça... de Tear.
Ali,
no grupo tão feito pra estada feminina encontrou seu lugar
primordial; era o homem das bolsas... e fez muitas! Quem quiser
pergunte pra Maria Alice!
Tocando
o carrinho de sorvete, remuendo a acidez das desavenças do condomínio, sonhando com a roça ou contando do amor incondicional
por seus cachorros, foi nos levando a acostumar com sua amizade tão peculiar.
E se alguém talvez perguntasse... por que "raios" ele estava inserido nesse serviço, bastava responder, tem por diagnóstico: brejeirice! Sim! Uma brejeirice... a mais doce e ingênua brejeirice que já passou por essas terras... aquela contida na humildade, precaução, sisma, nostalgia,
imaginação fértil e sede de conhecimento que todo grande pequeno
homem tem...
Um
muito obrigada ao amigo Ismael por todos esses anos de convívio e
que de onde estiveres, olhe sempre por nós, fazendo com que nossos
nós sejam sempre os de arremate; aqueles necessários às
finalizações de lindas peças saídas de um TEAR !
Agosto/2014
Elvira Braga