Os conflitos religiosos ainda são muito presentes e se manifestam de maneira diferente nas diversas nações. Existem muitos países onde os cristãos são perseguidos e impedidos de construir seus templos, tais como o Sudão e o Iemen, alguns países dos norte da África e do Oriente Médio. Nesse aspecto, o Brasil é um país admirável onde existem igrejas, sinagogas, mesquitas, terreiros, templos budistas e liberdade religiosa para praticar seus cultos.
Dentro do contexto europeu tivemos recentemente o caso do assassinato dos jornalistas da revista francesa Charlie Hebdo. Algumas das charges publicadas nesse periódico, tinham como alvo principal as religiões existentes no país. Havia um desrespeito explicito aos aspectos sagrados para os cristãos, judeus e islâmicos. O que, por sua vez, gerou protestos e processos judiciais. Sempre vitoriosa, a revista seguiu mantendo o conteúdo ofensivo de suas charges. Pensamos que tal conteúdo não seria possível no contexto do nosso país por tanto tempo, aqui há uma outra ética. O povo brasileiro conviveria com uma revista que publicasse imagens de Nossa Senhora mantendo relações sexuais? Lembremos do caso do bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Von Helder que chutou uma imagem de Nossa Senhora no programa "O Despertar da Fé", da TV Record, em 1995. Nesse caso, houve uma mobilização contrária à sua atitude por parte da população.
Um fato trágico ocorreu e pessoas morreram na França. Para tristeza da população, de seus familiares e colegas de imprensa. Agora, podemos pensar que há uma tensão cultural nesse país, entre as pessoas que defendem incondicionalmente o Estado laico e a liberdade de imprensa e algumas comunidades tradicionais de imigrantes de ex-colonias. O aprofundamento dos ideais de laicidade e liberdade de imprensa, podem gerar, como nesse caso, reportagens consideradas desrespeitosas do ponto de vista de algumas comunidades.
Poucos dias separam esse ocorrido da trágica morte de 2000 pessoas na Nigéria em um atentado terrorista, cuja autoria foi assumida por grupo de orientação islâmica. Há muito o que se refletir sobre esse mundo. Por que não há tanta comoção internacional nesse caso, onde o número de mortos foi muito maior? Aumentará o preconceito contra os islâmicos pacíficos?
Desigualdades, violência, preconceito, temas que discutimos pacificamente em busca da superação.
Equipe Tudo Acontece
"O trabalho não é o começo, nem o fim. O trabalho é um meio."
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