quarta-feira, 18 de abril de 2012


À luz do desespero

À luz do desespero
reverbero a coragem num apelo.
À luz do desespero
colho pedras e mais pedras da descomunhão.
É o castigo por estar no mundo
É a fuligem na forjaria cedo.
E cedo se anuncia  o dia,
partindo a lua em dois...
Na hora pois do desassossego
carrego pregos
de minha própria cruz.
E à luz do desespero
procuro ainda uma aura de luz...
Por dentro força a luz da paixão,
que não se agrega a mais nada.
À luz da própria compaixão:
O reflexo indômito de nosso amanhã...

Fernando Medeiros

Nenhum comentário:

Postar um comentário