O Tibete ou Tibet é uma região de planalto da Ásia, um território disputado situado ao norte da cordilheira do Himalaia. É habitada pelos tibetanos e outros grupos étnicos como os monpas e os lhobas, além de grandes minorias de chineses han e hui. O Tibete é a região mais alta do mundo, com uma elevação média de 4 900 metros de altitude, e por vezes recebe a designação de "o teto do mundo" ou "o telhado do mundo".[1]
A história do Tibete teve início há cerca de 2 100 anos,
Região Autônoma do Tibete, dentro da República Popular da China | |||||||||
Tibete Histórico, tal como alegado pelos grupos tibetanos no exílio | |||||||||
Regiões designadas como 'tibetanas' pela República Popular da China | |||||||||
Áreas controladas pelos chineses e reivindicadas pela Índia como parte de Aksai Chin | |||||||||
Regiões administradas pelos indianos e reivindicadas pela China como parte do Tibete | |||||||||
Outras áreas historicametne dentro da esfera cultural tibetana |
Em 127 a.C. uma dinastia militar fixou-se no vale de Yarlung e passou a comandar a região, perdurando-se esta situação por oito séculos. Por centenas de anos "belicistas" o Tibete investiu sobre terras vizinhas.
Este comportamento mudou em 617, quando o imperador Songtsen Gampo - 33º rei do Tibete – começou a transformar a civilização feudo-militar em um império mais pacífico. Seu reinado durou até 701, e seu legado foi imenso: criou o alfabeto tibetano; escreveu e estabeleceu o sistema legal tibetano (baseado no princípio moral segundo o qual é valorizada a proteção do meio-ambiente e da natureza); favoreceu o livre exercício religioso do budismo, e; construiu vários templos (dentre eles destacam-se o Jokhang e o Ramoche).
Seus sucessores continuaram a transformação cultural, custeando traduções e criando instituições. O próximo rei do Tibete foi Tride Tsukden (704 – 754), o qual deixou seu filho como sucessor, o rei Trisong Detsen.
A partir do século VII a região tornou-se o centro do lamaísmo, religião baseada no budismo, transformando o país num poderoso reinado. Antigo objeto de cobiça dos chineses, no século XVII o Tibete é declarado incluído no território soberano da China. A partir daí seguem-se dois séculos de luta do Tibete por independência, conquistada - temporariamente - em 1912.
Em 1950 o regime comunista da China ordena a invasão da região, que é anexada como província. A oposição tibetana é derrotada numa revolta armada em 1959. Como conseqüência, o 14° Dalai Lama, Tenzin Gyatso, líder espiritual e político tibetano, retira-se para o norte da Índia, onde instala em Dharamsala um governo de exílio.
Em setembro de 1965, contra a vontade popular de seus habitantes, o país torna-se região autônoma da China. Entre 1987 e 1989 tropas comunistas reprimem com violência qualquer manifestação contrária à sua presença. Há denúncias de violação dos direitos humanos pelos chineses, resultantes de uma política de genocídio cultural.
Em agosto de 1993 iniciam-se conversações entre representantes do Dalai Lama, laureado com o prêmio Nobel da Paz em 1989, e os chineses, mas mostram-se infrutíferas. Em maio de 1995 é anunciado pelo Dalai Lama o novo Panchen Lama, Choekyi Nyima, de 6 anos, o segundo na hierarquia religiosa do país. O governo de Pequim reage e afirma ter reconhecido Gyaincain Norbu, também de 6 anos, filho de um membro do Partido Comunista da China, como a verdadeira encarnação da alma do Panchen Lama.
Ugyen Tranley, o Karmapa Lama, terceiro mais importante líder budista tibetano, reconhecido tanto pelo governo da China como pelos tibetanos seguidores do Dalai Lama, foge do país em dezembro de 1999 e pede asilo à Índia. A China tenta negociar seu retorno, mas Tranley, de catorze anos, critica a ocupação chinesa no Tibete.
A causa da independência do Tibete ganha força perante a opinião pública ocidental após o massacre de manifestantes pelo exército chinês na praça da Paz Celestial e a concessão do Prêmio Nobel da Paz a Tenzin Gyatso, ambos em 1989. Dalai Lama passa a ser recebido por chefes de Estado, o que provoca protestos entre os chineses. No início de 1999, o governo chinês lança uma campanha de difusão do ateísmo no Tibete. A fuga do Karmapa Lama causa embaraço à China.
O Tibete é, ainda hoje, considerado pela China como uma região autônoma chinesa (Xizang).
No campo da cultura, das artes e informação algumas pessoas ficaram bastante conhecidas a partir da divulgação que fizeram da cultura tibetana.
Heinrich Harrer: Alpinista austríaco autor do livro "Sete anos no Tibet" que serviu de base para filme de mesmo nome cuja temática fala da história de 2 alpinistas austríacos refugiados no Tibet durante a segunda-guerra mundial.
Lobsang Rampa (pseudônimo do escritor inglês Cyrill Hoskins) ficou conhecido no mundo todo por livros como " Terceira Visão", "O médico de Lhasa" e " Minha vida com o Lama" onde trata da cultura tibetana, aguçou e continua atraindo interesse do mundo todo pelo conteúdo de sua obra e revelação de que seu corpo teria sofrido transmigração e depois ocupado por Lama Tibetano.
Atual Dalai Lama: Tenzin Gyatso, lider espiritual e ex- lider político do Tibet. è reconhecido mundialmente pelo sua resistência e reivindicação contra a dominação chinesa no Tibet. É adepto da resistência pacífica, a exemplo do que pregava Ghandi. Recebeu em 1989 o prêmio Nobel da Paz. Até hoje é respeitado em todo mundo pela sua lideranção espiritual e a suas idéias de aproximação entre religiosidade e ciência.Dicas de livros e obras legais e interessantes:
Livros:
"Sete anos no Tibet" e "Terceira Visão".
Filmes:
"Sete anos do Tibet" e o "Rapto do Menino Dourado"
Trailer de Sete anos no Tibet
"O que mais me supreende na humanidade são os homens. Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer. E morrem como se nunca tivessem vivido."
Equipe Tudo Acontece.
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