quarta-feira, 18 de maio de 2022
Dia 18 de maio - o dia da Luta Antimanicomial
A Luta Antimanicomial e celebrada no dia de hoje, 18 de maio, ela representa a conquista do movimento brasileiro de Reforma Psiquiátrica Antimanicomial, o marco da conquista de trabalhadores e população usuária de saúde mental dentro do sistema único de saúde (SUS). Essa luta se iniciou com as criticas a forma como era no Brasil o tratamento de saúde mental. Antigamente para as pessoas com doenças mentais só existia Hospital Psiquiátrico (O Manicômio) para o tratamento e atualmente o Brasil conta com vários tipos de serviços para atendimento desde os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS), Residências Terapêuticas, Saúde Mental nos Centros de Saúde ou Saúde da Família, Enfermaria de Saúde Mental em Hospitais Gerais, Consultórios na Rua (CNAR), Serviços de Geração de Saúde Mental entre outros serviços. Há mais de 30 anos essa luta vem sendo construída e sustentada dia a dia. Por todo Brasil irão acontecer atividades que marcam essa Luta. Em Campinas (SP), hoje, haverá um ato do Movimento da Luta Antimanicomial às 13hs no Largo do Rosário, no Centro da cidade. Eis aqui algumas reflexões de nossos membros sobre a importância da Luta Antimanicomial para o conhecimento de todas e todos: ``Nos usuários sabemos o quanto foi danoso a tempo da internação dos manicômios em vez de melhorar a saúde mental piorava. Muitos pacientes desses manicômios conseguiram melhorar sua saúde mental depois que saíram dos manicômios. A Reforma Psiquiátrica Antimanicomial foi muito importante para saúde mental dos usuários, trouxe esperança, inserção na sociedade e hoje a população com transtornos mental e atendida como as pessoas com outros problemas de saúde. Antes as pessoas tinham medo hoje somos cidadãos.`` (Nilton Lisboa) ``A reforma foi boa, pois a pessoa passou ser vista como cidadão normal. Aonde o profissional de saúde, começou a tratar o paciente de outra forma, pois antes a única solução era a internação. Depois com a luta manicomial o paciente passou a ter outro tratamento. Aonde ele pode conviver normalmente com a sociedade e antes também as pessoas com qualquer deficiência eram excluídas da escola, não podia estar com as pessoas e era visto como pessoa sem importância nenhuma. Hoje as pessoas são vistas de forma diferente e recebe um tratamento mais adequado, as pessoas são tratadas através de conversas com psicólogo e outras são tratadas com medicação correta.`` (Osvaldo Sousa Santos) Não podemos generalizar, apesar dos problemas que estamos enfrentando no SUS e na Saúde Mental, a luta antimanicomial ajudou a surgir muitos profissionais bons para olhar na gente e a gente não ser excluído da sociedade. Como por exemplo, a profissional terapeuta ocupacional Maira que me atende no Centro de Saúde DIC I. Eu sinto que ela não vê a gente como pessoa de alta periculosidade eu acho que ela vê a gente como paciente em tratamento em busca de uma vida normal.``(Rivaldo de Sousa) Nem tudo são flores, há muito tempo percebemos que o recurso financeiro para a saúde mental vem diminuindo cada vez mais e os hospitais psiquiátricos voltaram a receber muito mais recurso que os outros serviços criados a partir da Reforma Psiquiátrica. Isso interfere muito na qualidade dos serviços e na qualificação profissional de quem trabalha. Sofre a população que precisa e os profissionais que trabalham. Isso gera falta de profissionais, remédios, infraestrutura precária dos serviços, falta de atendimento e grosseria no atendimento de quem está usando os serviços. Reflexão Final – ``Jogaram nossas sementes na areia com a certeza que elas não florescerão, mas a Luta Antimanicomial continua e nossas sementes seguem florescendo. ``
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