quarta-feira, 26 de novembro de 2014

LUTO

LUTO

Mister Adhemar Venditi, 
nosso saudoso correspondente internacional. 
Descanse em paz, nosso amigo!

22 de Fevereiro de 1948
 Outubro de 2014 (?)


Equipe "Tudo Acontece"

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A qualidade dos programas de televisão

                                    

Uma coisa que percebemos é que grande parte dos programas televisivos promovem a divulgação da violência 24hs por dia.
Muitas programas de teledramaturgia (novelas) baseiam seus personagens em estereótipos da população brasileira, o que não condiz com a realidade na maioria dos casos. Além de criar personagens baseados em imagens preconceituosas de nossa população. Questionamos também a qualidade das interpretações, pois, muitas cenas das novelas são forçadas e parecem mentira.
Percebemos que muitas emissoras de televisão não revisam sua programação e seus programas. Alguns programas tem o mesmo formato e apresentador há mais de 20 anos.
Uma crítica bastante pertinente para nós é que os meios de comunicação e em especial, os canais de televisão, tem muita influência sobre a opinião pública. 
Nós somos contrários também ao tipo de informação que muito programas de televisão divulgam incentivando a violência, conteúdos sexuais explícitos e de terror. 
Defendemos a regulamentação da mídia do no nosso país. Acreditamos que é necessário que haja uma revisão das concessões de uso dos canais de televisão brasileira, como a Rede Globo de Televisão que pertence a família Marinho.
Algo que queremos debater e resgatar é a função social das mídias televisionadas. Por exemplo, aumentar sua programação educativa, de cidadania, que informem mais a população sobre suas direitos, que contribua para a diminuição de preconceitos de cor, religião e sobre as populações de diferentes regiões, cidades e estados do Brasil. Enfim, que contribua para a diminuição do estigma e a intolerância entre os cidadão brasileiros.
Todas entidades da sociedade civil e do poder público estão sujeitas a legislação civil e nós acreditamos que a população também tem o direito de requerer dos meios de comunicação televisivos programações mais condizentes com a necessidade da população e obter direito de resposta quando uma reportagem televisiva divulgar conteúdos acusatórios ou que prejudiquem cidadãos brasileiros sem que haja um a devida investigação em curso, pelos órgãos de justiça ou que minimamente leve em consideração diferentes pontos de vista sobre os mesmo assunto ou situação denunciada.
Logo abaixo, trouxemos alguns vídeos sobre este assunto para nos ajudar a refletir:
                              Clássico produzido pela BBC contando a história da Rede Globo.

Direito de Resposta conseguida pelo Leonel Brizola contra o Jornal Nacional
Direito de Resposta conseguido pela população contra o programa do João Kléber na Rede Tv!

                                  Mv Bill comentando sua participação no Programa do Faustão










quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A Saúde Mental na Comunidade da Rocinha: Equipe Tudo Acontece entrevista a psicóloga Adriele Baldessim


Nessa semana, temos o prazer de receber no nosso Blog a visita de nossa querida psicóloga residente Adriele Baldessim.  Ela chegou do Rio de Janeiro, onde esteve por um mês como residente em no Centro de Atenção Psicossocial III "Maria do Socorro", situado na comunidade da Rocinha.

Gediel: Qual foi o motivo de sua viagem? Quanto tempo você ficou?

Adriele: O que me levou para o Rio de Janeiro foi meu interesse em trabalhar num Centro de Atenção Psicossocial III de uma grande comunidade carioca. Quando surgiu a oportunidade de fazer estágio eletivo fora do município de Campinas, eu escolhi o Rio de Janeiro.  Fiquei interessada porque a rede de saúde mental de lá está em processo de ampliação.  Surgiram duas opões, a Rocinha e o Morro do Alemão. Fiz opção pela Rocinha considerando os meus horários. Fiquei um mês.

Gediel: Onde você ficou?

Adriele: A cidade do Rio de Janeiro é muito receptiva, porque tem uma relação especial com os turistas.  Eu fiquei no alojamento de estudantes residentes UFRJ em Botafogo onde também fui muito bem recebida tanto pelo programa de residencia multiprofissional como pela equipe do CAPS mencionado. 



Niltão: Minha amiga Adriele o que você achou do dia a dia da vida das pessoas na Rocinha?


Adriele: Eu, enquanto paulista, mesmo tendo morado em periferias do interior do estado noto algumas diferenças.  Por exemplo, na comunidade existem alguns problemas quanto a infra-estrutura. Nota-se uma uma proximidade geográfica entre bairros ricos, mas distantes no aspecto social. Mas também há bastante circulação de pessoas entre os bairros, por exemplo, existe uma quadra com baile funk frequentada por artistas famosos. Quando eu conversava com os usuários do CAPS onde eu fiz este estágio, alguns achavam a Rocinha um bom lugar para viver, outros já citam o medo dos tiroteios, e a opressão da polícia e do tráfico. 

Geovane: No CAPS da Rocinha como vocês lidam com uma pessoa que está em crise?

Adriele: Gio, assim como aqui, a equipe pensa em conjunto para cuidar deste usuário dentro do nosso plantel de possibilidades na instituição, na rede, no território. 

Benjamin Jacob: Como foi o transporte?

A viagem é acessível, durou cerca de sete horas. Eu fui de ônibus e a passagem custou por volta de 100 reais.


Bruno: Dri, você pode falar sobre algumas diferenças da rede de saúde mental entre nossa Rede e a Rede Carioca?

A Rede Carioca nos últimos anos tem recebido mais investimento e um olhar maior para o fechamento dos leitos psiquiátricos. Estão  abrindo serviços substitutivos e ampliando a rede. Há muita vontade dos trabalhadores de construir outras possibilidades. Mas a referência para a assistência à crise ainda passa pelos hospitais. Existem hospitais com muita história na cidade, por exemplo, o Instituto Nise da Silveira onde tem o Museu Imagens do Inconsciente, o Hospital Colonia ou ainda o Instituto Philip Pinel que são hospitais que estão em processo de desinstitucionalização. Em Campinas, por exemplo, existem apenas 70 leitos de internação no hospital Cândido Ferreira e outros serviços de cuidado à crise no território.  

Rodrigo: Como você observou a participação dos usuários e familiares no CAPS? Você teve algum contato com a participação popular na comunidade? Você pode falar um pouco sobre o processo de pacificação pela UPP (Unidade de Polícia Pacificadora)?

Quando eu conversava com os moradores eles pareciam ter um relação ainda muito difícil com a polícia. Dizendo não serem tratados com respeito, sempre com intimidações o que é tenso.
Não existe uma relação formal entre os grupos de representação social existentes na comunidade e o CAPS. No entanto, quando estes foram acionados por conta de um contexto especifico, estes puderam se aproximar e discutir. O CAPS tem 4 anos e em alguns espaços como a assembléia, eles estão tentando se organizar para a construção de um conselho local. Existe assembleia semanalmente e é uma espaço bastante frequentado e muito interessante.