quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A Flor da Pele

Hoje o Blog do Tear está muita treta!
Vários de nossos integrantes estão a Flor da Pele e algumas brigas e discussões estão acontecendo, inclusive entre a gente.
Por essa razão resolvemos conversar hoje sobre como lidamos e resolvemos os nossos problemas.
Na experiência de várias pessoas brigas acontecem e a gente perde a paciência. 
Então, hoje, o X da questão é a forma que cada um enfrenta ou reage frente a um problema.
Entre nós foi quase unânime: "Já nos exaltamos na vida"! Por causa disso já nos envolvemos em brigas, discussões e desentendimentos que infelizmente não terminarem bem.  
Existem experiências diferentes em nosso grupo há entre nós pessoas calmas, tranquilas e explosivas ou de "pavio curto".
Nós fomos criados em ambientes diferentes, alguns de nós vem de famílias extremamente difíceis onde ocorriam muitas brigas e discussões e isso teve reflexos na vida. Com certeza influencia ou influenciou nossas atitudes. Também convivemos com violências e desentendimentos no âmbito familiar. Algumas famílias resolviam na base da conversa, outras na base da gritaria ou literalmente na "base da porrada". Outras pessoas tiveram a experiência de que quando as coisas saiam do prumo elas eram controladas na base do olhar, um olhar firme de seus pais, mas que mostrava muita coisa.
Na adolescência já criamos muito caso e causamos muita confusão. Nos envolvemos em brigas sim e, inclusive, "saímos na mão" para resolver situações problemáticas que estávamos passando. Entendemos que isso se deveu a muita falta de diálogo e imaturidade da nossa parte. Já batemos e já apanhamos e compreendemos que a violência não resolve problema, só cria mais problemas.
No grupo tem até pessoas que acreditam serem muito explosivas e precisam de tratamento para controlar seus picos de agressividade.
Tem horas que a gente se chateia com a atitude de alguém e isso nos faz ficar nervosos. O que nos preocupa é a forma como reagimos e agimos influenciados por essa raiva. Entendemos que nós também provocamos raiva nas pessoas e nem sempre nos damos conta do que causamos e isso acaba gerando atrito.
As circunstâncias que a vida nos coloca faz parte do nosso processo de amadurecimento e nos ajuda a aprender coisas. Aprendemos a reconhecer que erramos também e que o calor do momento não é a melhor ocasião para apaziguar ou resolver um problema.
Um de nossos integrantes contou que passou por experiências amargas na infância e adolescência e que hoje em dia a superação dessas dificuldades colabora para ele ter mais equilíbrio e refletir melhor sobre as coisas que vive e faz. Para outra pessoa do grupo, que tem esquizofrenia, a agressividade já foi um grande problema porque devido ao seu transtorno mental teve muitos desentendimentos na vida. Porém, hoje lida bem melhor com isso porque faz tratamento e descobriu na poesia e na arte uma forma muito eficaz de extravasar suas angustias e sentimentos. Hoje dia o que chama muito a atenção dele é o fato dele ter ido procurar tratamento para lidar com seus problemas, mas muitas pessoas com as quais ele convive continuam agressivas e lhe causam sofrimento e não procuram se cuidar.
Constatamos que todos tem problemas e que grande parte dos problemas que temos e nos envolvemos, está bastante relacionado a outros problemas, como problemas financeiros e pessoais. A situação de crise que nosso país atravessa, por exemplo, colabora muito para os ânimos ficarem exaltados e as pessoas se agredirem mutuamente.
Todo mundo precisa entender e aceitar que a forma de resolver os problemas é na base da conversa.
Sobre o tratamento entendemos que as pessoas precisam de ajuda para resolver seus problemas e o tratamento é muito importante para isso. Tratamento não é só para "doido" como as vezes umas pessoas dizem. É preciso aceitar que temos problemas e que as vezes sozinhos não conseguiremos resolver e podemos precisar do apoio de um profissional de saúde.



Deixamos aqui alguns pensamentos do dia:

"O jogo é perde e ganha: tanto bate quanto apanha"
"A gente não faz as coisas sozinho. Quando um não quer, dois não brigam"

"Parar, pensar, refletir e dialogar."
"As vezes a bola de gude vira bola de neve."

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Vivendo no Absurdo: Como viver e conviver com a crise política, social e econômica que estamos vivendo no Brasil

Hoje, 9 de agosto,  completamos 7 anos do nosso Blog e como sempre presenteamos vocês e nós com debates e conversações sobre a vida e a nossa realidade o que é nossa maior virtude.
Chegamos a conclusão de que uma situação está nos tomando a vida. Na nossa opinião essa situação é absurda! Estamos falando da crise política, social e econômica que nosso país atravessa. 
Para grande parte dos nossos membros a situação política tem responsabilidade direta da classe política e em especial nossa atual governo federal. Começando pelo presidente, percebemos que grande parte dos políticos brasileiros estão compromissados com os próprios interesses ou com os interesses daqueles que os financiam, como grandes empresários e pessoas muito ricas que só enxergam os seus próprios interesses.
Na nossa análise esse cenário começa há muitos anos atrás quando algumas reformas se iniciaram. Um ponto que temos acordo é o ataque que a Educação Pública vem sofrendo a décadas. Por exemplo, grande parte das escolas públicas hoje tem um regime de funcionamento em que os estudantes tem aprovação quase que automática sem que seja necessário os estudantes demonstrarem resultados que justifiquem sua aprovação. Na nossa opinião, essas e outras medidas influenciaram na formação política, social e cultural de nossa população e isso nos tornou ainda mais frágeis e ignorantes o que colabora para nossa paralisação e  dificuldade em perceber os ataques aos nossos direitos e conquistas.
Entendemos que temos sido usados como massa de manobra a serviço dos interesses que não nos beneficiam. Achamos que a televisão brasileira tem sido o grande instrumento de convencimento e enganação do povo.
Parece que os governantes hoje querem que a gente volte para trás. Lembramos dos anos 80 quando, apesar das pessoas terem emprego a inflação era altíssima e os preços eram reajustados quase que diariamente. O que fazia com que a população tivesse o poder aquisitivo baixíssimo e a gente quase não conseguia comprar nada. A saúde pública era restrita e só conseguia ter acesso quem tinha emprego com carteira assinada em uma época que a maioria das pessoas era trabalhador informal. A educação pública se dizia de qualidade, porém, o número de vagas era insuficiente para atender a população, o índice de evasão escolar era altíssimo e a maioria das pessoas não conseguia concluir o ensino fundamental.
Conversamos sobre as questões vividas na experiência de cada uma das pessoas. Entendemos que desde os tempos da ditadura militar temos problemas relacionados a disputa por modelos econômicos e de sociedade. Independentemente do partido no poder existem coisas na nossa vida que são necessárias para todas as pessoas terem o mínimo básico para conseguir sobreviver. 
Estamos em um dilema porque estamos sofrendo...mas a discussão acaba aqui continua na próxima semana...









7 anos do Blog do Tear

Éééé hoje gente!
No dia de hoje o Blog do Tear  faz 7 anos!
Uau pessoal!!!
7 anos no ar! Estamos emocionados!


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Ilustre visita das Jovens Superstars

Hoje o Grupo do Blog do Tear recebeu duas convidadas que acompanharam uma das integrantes de nosso grupo. Ambas são de São Paulo: Katelyn (17) e Samara (15). Katelyn diz que integra um grupo de RAP feminino, na região de Interlagos e Grajaú (local de origem do músico e rapper Criolo), Zona Sul de São Paulo. O grupo se chama Ladies, e é composto por quatro mulheres. Tivemos um bate papo bem interessante e compartilhamos aqui com vocês um pouco dessa nossa entrevista com essas visitantes tão ilustres.

Segundo um dos nossos membros a sigla RAP (que em inglês significa Ritmo e Poesia) tem o sentido real de Ritmo, Amor e Poesia ou Revolução Através das Palavras! É uma arte urbana que convida as pessoas a refletirem sobre seu cotidiano através de músicas e rimas. Ainda sobre o RAP, nossas convidadas nos dizem que apesar da origem estrangeira (Estados Unidos), o brasileiro deixa uma marca muito forte quando compartilha de um movimento cultural. Sobre isso Katelyn  nos diz que "A gente não copia, porque o brasileiro sempre deixa sua essência, fazendo algo original".

Katelyn nos diz que a base do RAP é feita por uma pessoa que sabe mixar e fazer a batida ou beat. Há um produtor que faz o arranjo de vozes e etc... Em cima das batidas, as cantoras cantam suas letras.

Nilton, integrante de nosso grupo, pergunta sobre o envolvimento político das convidadas, na cidade de São Paulo.

"Estamos tentando ficar de olho e aprender sobre a política. De fato, a situação está muito difícil. Discutimos muito sobre o Bolsonaro (Jair Bolsonaro, Deputado Federal pelo Rio de Janeiro e possível candidato a presidente na Eleição de 2018). Somos muito contra o Bolsonaro e suas ideias. Especialmente em relação à aproximação com os militares e a ideia da volta da ditadura."

Nilton pergunta também porque as pessoas não saem mais às ruas, como saíram em 2013, antes da saída de Dilma.

"Isso é por causa da Globo e da grande mídia. Houve uma grande campanha para tirar a Dilma. Porém agora, eles não mostram os "Fora Temer" que vemos por aí. Essas "Reformas" do Governo, não estão ai para ajudar e melhorar a vida do povo."

Conversamos sobre a orientação política de nossas convidadas, como de esquerda ou direita e isso deu possibilidade de uma reflexão bem interessante em que falamos desde a situação do país em diversas áreas como educação, saúde, cultura e transporte.

Dessa conversa algumas reflexões ficaram marcadas na nossa mem´rioa e aqui dividimos com vocês:

"A arte abre portas"

"A arte não é ingrata mas, as pessoas sim."

"Eu gosto de RAP porque abre mentes"

Obs: Recebemos das nossas visitantes uma dica de um video-documentário muito interessante que fala sobre a situação da educação no Brasil, anotem aí!  
"Pro dia nascer feliz (Filme)"