terça-feira, 17 de julho de 2012

A Rede Social


A rede social não é um filme biográfico. E não é, tampouco, um filme histórico sobre a criação do Facebook, o site da rede mais popular do mundo. Este é um drama humano, cujo principal protagonista é Mark Zuckerberg (brilhantemente interpretado por Jesse Eisenberg).
Desde a primeira seqüência (Mark Zuckerberg explica a sua namorada Erica porque é tão importante para ele entrar em um dos clubes mais seletos de Harvard), o tom está definido.
O futuro proprietário e criador do Facebook, agora o mais jovem bilionário do mundo, não é apenas um bastardo, mas profundamente aquele que vai tentar, por todos os meios possíveis, para encontrar seu lugar na sociedade.
A construção do cenário de Aaron Sorkin é interessante porque não é linear. Descobrimos, pouco a pouco, os passos para a criação de Facebook, como e quando depoimentos de Eduardo Saverin (Andrew Garfield) contra Zuckerberg, seu ex-amigo e sócio, e Divya Narendra (Max Minghella) e os gêmeos Winklevoss, que acusam Zuckerberg de roubar a sua idéia de rede social.
Em um escritório de advocacia frio, as consultas nos levam de volta as respostas em diferentes estágios do design do Facebook, todos apoiados pela excelente trilha sonora de Trent Reznor e Atticus Ross.
Impossível amar Mark Zuckerberg, embora identificamos alguns de seus aspectos. O nerd que escreve um código para desabafar é tem o objetivo de ganhar a aceitação das pessoas, seus colegas de Harvard primeiro, depois por Sean Parker (Justin Timberlake, , criador do ex-Napster, que se tornou associado a Zuckerberg.
O slogan do filme se encaixa perfeitamente com o que vemos na tela: não se faz metade de um bilhão de amigos sem fazer alguns inimigos. Esta é também a ironia do personagem: incapaz de sentimentos humanos, ele vai desenvolver um site baseado na necessidade de desenvolver as relações humanas.

Ederson Estevam

quarta-feira, 4 de julho de 2012

A vida escorre pelos dedos

Nas cidades e grandes centros nós não temos alternativas de diversão e lazer. São poucas atividades gratuítas, dificuldade de locomoção e a violência nas ruas.

E quando você percebe a vida passou já passou e a gente fica olhando de lado.

O objetivo da vida é viver.

Estamos tão preocupados com o trabalho e o dinheiro que esquecemos de ser felizes.

A sociedade capitalista nos impõe uma condição de vida muito ruin.



Equipe do Blog do Tear .




quinta-feira, 14 de junho de 2012

Amizade


Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.

Fernando Pessoa

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Blogueiros



   Equipe de blogueiros do Tear das Artes, da esquerda para a direita : |Ismael Masa, Gilvan Gomes, José Carlos, Nilton Lisboa, Giovanni Tessari, Aristides e Gediel Fortunato.

   Oficina que se realiza todas as quartas feiras as 9:00 hs.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O ciclo da vida


Todos nos nascemos crescemos envelhecemos e morremos e isso significa que a vida foi feita assim.
Quando nascemos somos sem cabelo e sem dentes e não sabemos falar, só repetimos o que as pessoas dizem.
Então crescemos e viramos crianças e começamos a aprender coisas como  andar, falar, ler, escrever e fazer contas. E depois aprendemos como são feitas as coisas e aprendemos a questioná - las e nos tornamos adolescentes e começamos a ver televisão e ouvir musica.

Geovani Tessari




quarta-feira, 23 de maio de 2012

Lepra


 


  Lepra, hanseníase, morfeia, mal de Hansen ou mal de Lázaro é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae (também conhecida como bacilo-de-hansen) que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos. O nome hanseníase é devido ao descobridor do microrganismo causador da doença Gerhard Hansen.. É chamada de "a doença mais antiga do mundo", afetando a humanidade há pelo menos 4000 anos e sendo os primeiros registros escritos conhecidos encontrados no Egito, datando de 1350 a.C. Ela é endêmica (específica de uma região) em certos países tropicais, em particular na Ásia. O Brasil inclui-se entre os países de média endemicidade de lepra no mundo. Isto significa que apresenta um coeficiente de prevalência médio superior a um caso por mil habitantes (dado desatualizado) (MS, 1989). Os doentes são chamados leprosos, apesar de que este termo tenda a desaparecer com a diminuição do número de casos e dada a conotação pejorativa a ele associada.
   A lepra é uma doença contagiosa, que passa de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra. Demora de 2 a 5 anos, em geral, para aparecerem os primeiros sintomas. O portador de hanseníase apresenta sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos que facilitam o diagnóstico. Pode atingir crianças, adultos e idosos de todas as classes sociais, desde que tenham um contato intenso e prolongado com bacilo. Pode causar incapacidade ou deformidades, quando não tratada ou tratada tardiamente, mas tem cura. O tratamento geralmente é fornecido por sistemas públicos de saúde (como o brasileiro Sistema Único de Saúde).
   A lepra foi durante muito tempo incurável e muito mutiladora, forçando o isolamento dos pacientes em leprosários, principalmente na Europa na Idade Média, onde eram obrigados a carregar sinos para anunciar a sua presença. A doença deu, nessa altura, origem a medidas de segregação, algumas vezes hereditárias.
   No Brasil existiram leis para que os portadores de lepra fossem "capturados" e obrigados a viver em leprosários, a exemplo do Sanatório Aimorés (em Bauru, SP),] o Hospital do Pirapitingui (Hospital Dr. Francisco Ribeiro Arantes) e o Hospital  Curupaiti em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A lei "compulsória" foi revogada em 1962, porém o retorno dos pacientes ao seu convívio social era extremamente dificultoso em razão da pobreza e isolamento social e familiar a que eles estavam submetidos.
   A lepra é transmitida por gotículas de saliva. O bacilo Mycobacterium leprae é eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente na forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar, tossir ou beijar. Quase sempre ocorre entre contatos domiciliares, geralmente indivíduos que dormem num mesmo quarto. A contaminação se faz por via respiratória, pelas secreções nasais ou pela saliva, mas é muito pouco provável a cada contato. A incubação, excepcionalmente longa (vários anos), explica por que a doença se desenvolve mais comumente em indivíduos adultos, apesar de que crianças também podem ser contaminadas   
   Noventa por cento (90%) da população tem resistência ao bacilo de Hansen, causador da lepra, e conseguem controlar a infecção. As formas contagiantes são a virchowiana e a dimorfa. Nem toda pessoa exposta ao bacilo desenvolve a doença, apenas 5%. Acredita-se que isto se deva a múltiplos fatores, incluindo a genética individual.
Indivíduos após 15 dias de tratamento ou já curados não transmitem mais a lepra.

Gediel Fortunato

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Loucura Subjectiva


Às vezes não tenho tanto a certeza de quem tem o direito de dizer quando um homem é louco e quando não é. Às vezes penso que não há ninguém completamente louco tal como não há ninguém completamente são até a opinião geral o considerar assim ou assado. É como se não fosse tanto o que um tipo faz, mas o modo como a maioria das pessoas o encara quando o faz. 


William Faulkner, in 'Na Minha Morte'