segunda-feira, 21 de julho de 2025

Visita dos (as) Profissionais do Programa de Residência em Saúde da Família da Prefeitura de Campinas



No Blog de hoje estamos recebendo a visita de 3 profissionais que estão fazendo estágio de 1 mês aqui no Tear das Artes.

Estes (as) profissionais são integrantes do programa de residência em saúde da família da prefeitura municipal de Campinas.

Elas (es) são a Marília, o Leonardo e a Eduarda. Eles estão fazendo estágio nesse mês no CAPS AD Sudoeste e no Tear das Artes.

Como a especialização deles (as) é de Saúde da Família eles (as) nos contaram que o programa dura 2 anos e o campo de estágio de referência deles (as) são os centros de saúde do SUS Campinas. Há 120 profissionais no programa de residência.

Elas (es) estagiam no Centro de Saúde Vista Alegre e Centro de Saúde Integração que ficam na região sudoeste e noroeste de Campinas, respectivamente. 

O estágio que estão fazendo aqui no Tear é chamado de estágio eletivo que dá a oportunidade de profissionais que estão no programa de residência possam estagiar noutros serviços da rede de saúde do SUS municipal. O que proporciona a elas (es) o entendimento e experiência sobre o funcionamento de serviços de diferentes complexidades de saúde.

Eles (as) informaram que a atenção básica é a porta de entrada do atendimento no SUS e que a saúde da família é muito importante para a população.

Eles são profissionais enfermeira, profissional de educação física e fisioterapeuta. 

Para o grupo, fazer estágio em serviços de saúde mental une interesse e a possibilidade de ter experiência em uma área que não tiveram oportunidade em sua formação.

O grupo informou que em sua prática na atenção básica tem tido a oportunidade de participar de atendimentos e processos grupais em que perceberam a importância da saúde mental na vida das pessoas e como a profissão delas (es) podem ser fundamental para promover ou restabelecer a saúde mental das pessoas.

Integrantes do Blog também perguntaram sobre se eles podem fazer todos os atendimentos que estão previstos na formação deles na atenção básica. O grupo informou que nem todos os tipos de atendimento são oferecidos na atenção básica, porém, é fundamental a população ter acesso a atendimentos com profissionais de diferentes formações no SUS e que tenham condição de fazer avaliação em saúde de uma perspectiva ampla e com condição de identificar diferentes tipos de questões para sua saúde e se for necessário encaminhar para outros tipos de serviço de saúde.

Em relação a saúde mental eles (as) nos colocaram questões muito significativas que tem percebido no dia a dia do atendimento que tem realizado no SUS.

Para o grupo o atendimento em saúde e saúde mental tem que ser humanizado e tem que ser feito com a duração necessária para a particularidade do problema de saúde que você está enfrentando. Esta lógica de atendimento deve ser ampliada para todos os atendimentos no SUS, para todos os profissionais de saúde.

O atendimento em saúde tem que ser realizado de forma cuidadosa e com a profundidade necessária para entender e lidar com as questões que cada pessoa está enfrentando no seu dia a dia.

Ao final conversamos sobre os problemas relacionados as condições de trabalho e infraestrutura dos serviços do SUS e a falta de investimentos de forma estrutural que o SUS enfrenta e que é responsável pela entrega de serviços com capacidade insuficiente para atender as necessidades da população.

O grupo manifestou preocupação que coincide com a análise que fazemos de que nossos serviços de saúde são insuficientes para atender o tamanho da população que atendem. As vezes até 3 vezes menos do que é necessário.

Há questões que conversamos de que atualmente no SUS enfrentamos falta e falta de reposição de profissionais para atender de forma adequada nas equipes dos serviços e que muitas vezes elas (es) como profissionais residentes são responsabilizados por lidar com demanda dos serviços no lugar da equipe que falta.

O grupo informou que o pagamento de profissionais da residência é feita pelo ministério da saúde e da educação, portanto, apesar de atuarem em Campinas não é o município que custeia o programa que eles fazem parte.



 


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