No Blog de hoje estamos recebendo a visita de 3 profissionais que estão fazendo estágio de 1 mês aqui no Tear das Artes.
Estes
(as) profissionais são integrantes do programa de residência em saúde da
família da prefeitura municipal de Campinas.
Elas
(es) são a Marília, o Leonardo e a Eduarda. Eles estão fazendo estágio nesse
mês no CAPS AD Sudoeste e no Tear das Artes.
Como
a especialização deles (as) é de Saúde da Família eles (as) nos contaram que o
programa dura 2 anos e o campo de estágio de referência deles (as) são os
centros de saúde do SUS Campinas. Há 120 profissionais no programa de
residência.
Elas
(es) estagiam no Centro de Saúde Vista Alegre e Centro de Saúde Integração que
ficam na região sudoeste e noroeste de Campinas, respectivamente.
O
estágio que estão fazendo aqui no Tear é chamado de estágio eletivo que dá a
oportunidade de profissionais que estão no programa de residência possam
estagiar noutros serviços da rede de saúde do SUS municipal. O que proporciona
a elas (es) o entendimento e experiência sobre o funcionamento de serviços de
diferentes complexidades de saúde.
Eles
(as) informaram que a atenção básica é a porta de entrada do atendimento no SUS
e que a saúde da família é muito importante para a população.
Eles
são profissionais enfermeira, profissional de educação física e
fisioterapeuta.
Para
o grupo, fazer estágio em serviços de saúde mental une interesse e a
possibilidade de ter experiência em uma área que não tiveram oportunidade em
sua formação.
O
grupo informou que em sua prática na atenção básica tem tido a oportunidade de
participar de atendimentos e processos grupais em que perceberam a importância
da saúde mental na vida das pessoas e como a profissão delas (es) podem ser
fundamental para promover ou restabelecer a saúde mental das pessoas.
Integrantes
do Blog também perguntaram sobre se eles podem fazer todos os atendimentos que
estão previstos na formação deles na atenção básica. O grupo informou que nem
todos os tipos de atendimento são oferecidos na atenção básica, porém, é
fundamental a população ter acesso a atendimentos com profissionais de
diferentes formações no SUS e que tenham condição de fazer avaliação em saúde
de uma perspectiva ampla e com condição de identificar diferentes tipos de
questões para sua saúde e se for necessário encaminhar para outros tipos de
serviço de saúde.
Em
relação a saúde mental eles (as) nos colocaram questões muito significativas
que tem percebido no dia a dia do atendimento que tem realizado no SUS.
Para o grupo o atendimento em saúde e saúde mental tem que ser
humanizado e tem que ser feito com a duração necessária para a particularidade
do problema de saúde que você está enfrentando. Esta lógica de atendimento deve
ser ampliada para todos os atendimentos no SUS, para todos os profissionais de
saúde.
O
atendimento em saúde tem que ser realizado de forma cuidadosa e com a profundidade
necessária para entender e lidar com as questões que cada pessoa está
enfrentando no seu dia a dia.
Ao
final conversamos sobre os problemas relacionados as condições de trabalho e
infraestrutura dos serviços do SUS e a falta de investimentos de forma
estrutural que o SUS enfrenta e que é responsável pela entrega de serviços com
capacidade insuficiente para atender as necessidades da população.
O
grupo manifestou preocupação que coincide com a análise que fazemos de que
nossos serviços de saúde são insuficientes para atender o tamanho da população
que atendem. As vezes até 3 vezes menos do que é necessário.
Há
questões que conversamos de que atualmente no SUS enfrentamos falta e falta de
reposição de profissionais para atender de forma adequada nas equipes dos
serviços e que muitas vezes elas (es) como profissionais residentes são
responsabilizados por lidar com demanda dos serviços no lugar da equipe que
falta.
O
grupo informou que o pagamento de profissionais da residência é feita pelo
ministério da saúde e da educação, portanto, apesar de atuarem em Campinas não
é o município que custeia o programa que eles fazem parte.
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