quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Reforma Educacional, Cidadania e Políticas Sociais


    Dando sequência ao nosso debate sobre as Reformas Políticas e Sociais, gostaríamos de abordar um assunto que é fundamental para nós brasileiros: a Educação.
     Será que as políticas de educação são boas para a maioria dos brasileiros?
     Nós acreditamos que a educação hoje no Brasil privilegia poucos. Principalmente aqueles que tem recursos para pagar. Temos universidades públicas de excelência, programas públicos de financiamento educacional para o ensino superior, mas a nossa educação básica pública vai muito mal. Ou seja, o ensino fundamental e médio (para as pessoas de mais idade, os ensinos; Primário, Ginásio e Colegial). 
    Em primeiro lugar acreditamos que o ambiente da sala de aula precisa mudar. Parece não funcionar. Percebemos que, os estudantes, cada vez mais conseguem cada vez menos manter sua atenção no velho esquema de educação baseado na transmissão do conhecimento somente pela via da relação professor e aluno em aulas expositivas, tipo palestra. Tem horas que é muito monótomo e maçante, tipo chato mesmo.
      Com a grande inovação tecnológica existente outros recursos poderiam ser usados para dinamizar mais as aulas. Por que achamos isso? Basta olhar a molecada com os seus telefones e tablets por aí. Eles estão aprendendo, se comunicando, batendo papo, protestando, paquerando etc. Pensamos que estes aparelhos, que as vezes parecem ser utilizados por muitos de forma inútil, mais por status, deveriam ser mais usados em benefício deles próprios para fazer trabalhos, pesquisas, enfim conectar-se com o mundo e com o conhecimento construído ao longo da história. Isso sem abrir mão de estar ligados nas últimas tendências e atualidades, ou seja, para ficar ligado.
     Achamos bem esquisito o fato das aulas terem pouco a ver com a realidade da maioria dos brasileiros. Por exemplo, nunca vimos em nenhuma aula do ensino médio ou fundamental alguém nos informando sobre aspectos ligados a cidadania, direitos civis e sociais. Achamos direito de todos e todas, brasileiros e brasileiras, saber mais e sermos melhor informados sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), o Sistema Único da Assistência Social (SUAS), a Defensoria Pública, o Ministério Público, a coleta e separação de lixo e materiais recicláveis, a carga tributária que pagamos (impostos), as diferentes formas de participação social que nós população podemos nos engajar etc.
       Dentro do nosso grupo temos pessoas que já foram discriminadas pela sua condição social ou problema de saúde. Muitos de nós aprendemos por necessidade, ou seja, "na marra" a forma de reivindicar nossos direitos e muitos de nós constrangidos, não souberam a quem recorrer para que sua situação fosse resolvida ou a humilhação que sofreu fosse reparada. Em muitos casos até saber como recorrer a justiça para acionar as pessoas ou instituições que lhe fizeram mal. Por exemplo, um membro de nossa redação teve uma convulsão (ataque epilético) e foi levado pela ambulância a um hospital público de Campinas, ele conta que quando chegou lá ao invés de ser recebido por alguém que quisesse saber qual o seu problema de saúde, foi mal recebido e, inclusive, alegaram que ele estaria simulando ou como ele mesmo disse "fazendo frescura". O que foi revoltante e humilhante para ele. Ele conta que só conseguiu fazer uma queixa depois de recorrer a assistência social do hospital e entender qual o seu papel. Assim como entender o papel da ouvidoria de saúde do município, a qual ele e sua família já tiveram que recorrer várias vezes por problemas relacionados ao seu tratamento.
         Enfim, este foi um exemplo de situação vivida pelas pessoas comuns, como nós, que não estão nos livros, nas matérias e nem cai no Vestibular. Também queremos conhecimentos como a história da África - que hoje em dia é lei ter no conteúdo das aulas das escolas brasileiras e em muitas cidades ainda não é cumprido -, a história indígena brasileira e o estudo de outros idiomas originários do Brasil, ou de povos que vieram para cá formar nosso povo brasileiro. Como o Tupi, que até hoje é falado por muitas tribos brasileiras.
        Também acreditamos que muito destas coisas que falamos podem não estar no conteúdo das matérias que aprendemos na escola, por interesses políticos de pessoas que estão no poder e não querem a formação da consciência crítica da população brasileira, pois, isso ameça o seu domínio e poder. 
          Encerramos por aqui acreditando que compartilhar nosso ponto de vista com vocês contribui para que essa realidade comece a mudar, ou melhor, comece a ser transformada com a nossa participação.

               

Equipe Tudo Acontece
                               
   
 


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