quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Charlie Hebdo e Nigéria: uma conversa à brasileira no Tear

                    Os conflitos religiosos ainda são muito presentes e se manifestam de maneira diferente nas diversas nações.  Existem muitos países onde os cristãos são perseguidos e impedidos de construir seus templos, tais como o Sudão e o Iemen, alguns países dos norte da África e do Oriente Médio. Nesse aspecto, o Brasil é um país admirável onde existem igrejas, sinagogas, mesquitas, terreiros, templos budistas e liberdade religiosa para praticar seus cultos.  
          Dentro do contexto europeu tivemos recentemente o caso do assassinato dos jornalistas da revista francesa Charlie Hebdo.  Algumas das charges publicadas nesse periódico, tinham como alvo principal as religiões existentes no país. Havia um desrespeito explicito aos aspectos sagrados para os cristãos, judeus e islâmicos.  O que, por sua vez, gerou protestos e processos judiciais. Sempre vitoriosa, a revista seguiu mantendo o conteúdo ofensivo de suas charges.  Pensamos que tal conteúdo não seria possível no contexto do nosso país por tanto tempo, aqui há uma outra ética.  O povo brasileiro conviveria com uma revista que publicasse imagens de Nossa Senhora mantendo relações sexuais? Lembremos do caso do bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Von Helder que chutou uma imagem de Nossa Senhora no programa "O Despertar da Fé", da TV Record, em 1995.  Nesse caso, houve uma mobilização contrária à sua atitude por parte da população.
            Um fato trágico ocorreu e pessoas morreram na França. Para tristeza da população, de seus familiares e colegas de imprensa.  Agora, podemos pensar que há uma tensão cultural nesse país, entre as pessoas que defendem incondicionalmente o Estado laico e a liberdade de imprensa e algumas comunidades tradicionais de imigrantes de ex-colonias. O aprofundamento dos ideais de laicidade e liberdade de imprensa, podem gerar, como nesse caso, reportagens consideradas desrespeitosas do ponto de vista de algumas comunidades.  
         
          Poucos dias separam esse ocorrido da trágica morte de 2000 pessoas na Nigéria em um atentado terrorista, cuja autoria foi assumida por grupo de orientação islâmica. Há muito o que se refletir sobre esse mundo. Por que não há tanta comoção internacional nesse caso, onde o número de mortos foi muito maior? Aumentará o preconceito contra os islâmicos pacíficos?
         Desigualdades, violência, preconceito, temas que discutimos pacificamente em busca da superação.

Equipe Tudo Acontece
             
            "O trabalho não é o começo, nem o fim. O trabalho é um meio."
              
            

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Ano Novo, Vida Nova?


Hoje, é a nossa primeira Oficina do Blog do Tear de 2015.
Para variar a polêmica está sempre presente em nossa redação.
Começamos nossos trabalhos debatendo sobre o que representa a Virada do Ano:
Para alguns de nós representa mais do mesmo, pois, é ilusória esta ideia de que a mudança de ano apaga o que já existiu ou é um recomeço. Ou seja, "Mais do Mesmo" (como a música do Renato Russo e Legião Urbana). Pensamos isto pelo fato de que a vida continua e nós continuamos a labutar com alegrias, tristezas, amarguras, esperanças, expectativas boas e ruins.
Para outra parcela do nosso grupo é importante demarcar a passagem do tempo e fechar ciclos. Mesmo a natureza inicia novos ciclos a cada 12 meses, como o Movimento de Translação do Planeta Terra.
Nós aqui assumimos nossa crise, porque acreditamos que no meio desta passagem refletimos sobre muita coisa e a nossa reflexão tem várias dimensões; existencial, social e psicológica.
Ainda não temos certeza sobre o que virá neste ano de 2015, porém, estamos aqui conscientes de que criar expectativas sobre grandes maravilhas não nos levará as respostas que queremos para resolver nossos problemas, porém, em alguns momentos, se tentarmos, podemos conseguir o que precisamos, como diriam Os Rolling Stones (O
s Pedras Rolantes).


 Um Grande 2015 para Todos e Todas!





quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

CECOS e Molhados: A Psicologia na Saúde Pública do Brasil, Argentina e Colombia

No dia de hoje, tivemos a visita de duas convidadas especialíssimas. Entrevistaremos a Flávia e a Viviana. Ambas são psicólogas e fazem residência em Saúde Pública. Flávia no Brasil e Viviana na Argentina.

Flavia, Edson, Bruno, Viviana, Rodrigo, Giovane e Antonio.
Antonio: Vocês ainda são estudantes ou já estão formadas?
Flávia: Eu já me formei. Estudei os cinco anos obrigatório na cidade de São Paulo.  Já estando habilitada a trabalhar, optei por fazer uma pós-graduação chamada residencia. Ela é bastante pratica, existe apenas uma parte teórica.
Viviana: Também estou formada e fazendo pós graduação. Estou fazendo duas pós-graduações: a residencia em Educação em Saúde, acabo em maio de 2015. E o mestrado em Saúde mental comunitária. Isso em Buenos Aires na Argentina. Eu nasci na Colombia e agora estou morando na Argentina. Esses dois países são muito distantes.

Edson: Como vocês descobriram a Psicologia?
Viviana: Meu primeiro contato foi por conta de um problema familiar quando eu era criança, quando eu morava em Bogotá (Colombia). Minha mãe achou que eu precisava de um cuidado. Fui atendida e me fez muito bem.
Flávia: A primeira vez que eu entrei em contato com a Psicologia foi na oitava série. Quando conheci a psicóloga da minha escola. Ela se tornou uma grande amiga. Eu me lembro do trabalho dela que era dar atenção para as crianças com maiores dificuldades. Foi ela quem me falou sobre as profissão.
 
Edson: Qual a linha ou autor da psicologia vocês gostam mais? Ou não tem um autor de preferência?
Viviana: Eu gosto muito de autores que me ajudam a pensar a psicologia, mas que não são exatamente psicólogos. Tais como Paulo Freire e Ignácio Martin-Baró.
Flavia: Na minha faculdade eu me aproximei bastante da filosofia. A partir da Fenomenologia Existencial. Principalmente Heidegger e Sartre.

Edson: No Brasil até a década de 1970, para ser atendido em Hospital Público era preciso apresentar uma carteira de trabalho. Quem era pobre tinha que recorrer às santas casas que faziam atendimentos beneficentes.

Giovane: En la Colombia como és la Salud?
Viviana: Na Colombia a saúde não é um direito. É como nos Estados Unidos. Quem não tem dinheiro sofre muito, porque lá não existe SUS.

Giovane: Custa mucho dinero?
Viviana: Sim, é muita cara a saúde.

Giovane: Usted conece los atores de la novela mejicana "La Usurpadora"? 
Viviana: Eu não assisto novelas. Porém, já ouvi falar.

Giovane: Flavia, você consegue falar espanhol com a Viviana?
Flavia: A Viviana passou três meses aqui. Pois foi uma parceria entre nossos países. A Viviana se esforçou bastante para falar português. E não precisamos falar espanhol.

Rodrigo: O que é que vocês acham mais interessante no trabalho na saúde pública? À Viviana quero perguntar: o que achou diferente entre o Brasil e a Argentina?
Viviana: Eu acho muitas coisas interessantes, mas vou me concentrar em três coisas: 1) Eu gosto muito da gestão participativa, da participação popular nas decisões de saúde. Isso na Argentina não existe. 2) Segundo, no Brasil o SUS é um sistema único. Já na Argentina é muito fragmentado, havendo convênios de saúde muito fortes, que são chamados obras sociais que são apenas para os trabalhadores. Apenas os mais pobres utilizam o sistema público. Além dos convênios existem os sistemas privados. 3) Por fim, a existência do CECCO que para mim é um sonho feito realidade. É um lugar para encontro e para saúde. Não para doença. Os demais servições se chamam de saúde, mas pensam a saúde a partir da doença. O CECCO pensa a saúde a partir do encontro. E nada é mais saudável que o encontro com outros e consigo mesmo.
Flavia: Eu vou selecionar apenas uma coisa. mas eu admiro muito o SUS, em grande parte pelas coisas que a Viviana falou. O que mais me encanta é trabalhar no território, onde as pessoas vivem, ir à casa das pessoas, fazer coisas do cotidiano junto com elas, não apenas em situações de doença.


Bruno: Ambas estão no fim desse período de residência. Quais são os planos após a conclusão dessa etapa de suas vidas? No pessoal e no profissional?
Flavia: Eu quero me inserir no SUS, então eu tenho planos de me preparar para prestar concursos públicos e de continuar estudando. Tem um texto que a gente leu na residência que fala que a formação nunca termina, enquanto estamos vivos sempre estamos aprendendo. Estou com vontade de aprender coisas diferentes como percussão e idiomas. Vou me casar no ano que vem com meu noivo que se chama Gustavo com quem estou junto a seis anos.
Viviana: Eu tenho muita vontade de voltar para Campinas. Vou trabalhar duro para conseguir isso. Quero fazer o doutorado em saúde coletiva na Unicamp. Na minha vida se aproximam momentos de muitas mudanças. Quero ter muita paz, para viver todas essas mudanças.

Giovane: Cuando teneremos la honra de conocer la Argentina onde usted vivi, Viviana?
Viviana: Todos vocês estão convidados.
Giovane: Gracias por invitarnos!

E para encerrar uma declaração de nossas convidadas:

Viviana: Obrigada pela hospitalidade, gostei muito da Oficina do Blog. Foi a minha primeira vez aqui e me senti como se estivesse em casa.
Flávia: Eu gostaria de agradecer muito a participação no Blog, tem muita coisa interessante aqui no Blog, vocês são muito antenados e vou voltar sempre que puder!


Muito obrigado pela visita e pela entrevista!

Por hoje é só pessoal!

Equipe Tudo acontece.

Feriados e conflitos de interesses

Os feriados de fim de ano estão se aproximando e a polêmica em nossa equipe divide opiniões:

Segundo a opinião de algumas pessoas os feriados são um atraso para o nosso país, pois impedem a população de pensar sobre seus problemas, também aumentam o consumo de bebidas alcoólicas e em muitos casos provocam acidentes de trânsito e violências em geral.

Outros pensam que alguns feriados são datas meramente comerciais que visam estimular o consumo criando necessidades para as pessoas e alimentando o sistema econômico baseado no capitalismo. O que exclui grande parte da população brasileira que não tem condição financeira de presentear seu ente querido com um presente comprado.

Para pessoas que trabalham, os feriados são uma folga de suas responsabilidades profissionais e proporcionam momentos de merecido descanso e lazer em família e com amigos. Ou nos dão condição  de cuidar de algum familiar doente, quando temos a necessidade.

Acreditamos também que muitos feriados são datas históricas marcantes e que nem sempre são lembradas pela população a partir de sua importância, enquanto conquistas sociais e históricas internacionais e nacionais. Como, por exemplo, o dia da Consciência Negra (20 de novembro) e o Dia do Trabalho (1o de maio).
Achamos contraditório que o Brasil, como estado laico, tenha tantos feriados religiosos no calendário oficial e também pelo fato que as datas existentes são relativas a uma religião brasileira, desconsiderando toda a pluralidade cultural e religiosa da nossa nação.

Apesar de reconhecermos, que muitos feriados beneficiam a população, sempre haverá conflitos de interesse. Por inúmeras razões acreditamos que temos muitos motivos para contestar e aclamar os feriados e  por isso queríamos compartilhar com vocês.









Equipe Tudo Acontece


Recado as famílias por G.F.S.
:
Por fim, queria lembrar que festas natalinas em que milhões de famílias no mundo deveriam celebrar momentos felizes, para muitos são datas tristes demais por deixar sequelas para pessoas que relembram dos seus entes queridos que faleceram, meus sentimentos a todas estas famílias. 

 


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

LUTO

LUTO

Mister Adhemar Venditi, 
nosso saudoso correspondente internacional. 
Descanse em paz, nosso amigo!

22 de Fevereiro de 1948
 Outubro de 2014 (?)


Equipe "Tudo Acontece"

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A qualidade dos programas de televisão

                                    

Uma coisa que percebemos é que grande parte dos programas televisivos promovem a divulgação da violência 24hs por dia.
Muitas programas de teledramaturgia (novelas) baseiam seus personagens em estereótipos da população brasileira, o que não condiz com a realidade na maioria dos casos. Além de criar personagens baseados em imagens preconceituosas de nossa população. Questionamos também a qualidade das interpretações, pois, muitas cenas das novelas são forçadas e parecem mentira.
Percebemos que muitas emissoras de televisão não revisam sua programação e seus programas. Alguns programas tem o mesmo formato e apresentador há mais de 20 anos.
Uma crítica bastante pertinente para nós é que os meios de comunicação e em especial, os canais de televisão, tem muita influência sobre a opinião pública. 
Nós somos contrários também ao tipo de informação que muito programas de televisão divulgam incentivando a violência, conteúdos sexuais explícitos e de terror. 
Defendemos a regulamentação da mídia do no nosso país. Acreditamos que é necessário que haja uma revisão das concessões de uso dos canais de televisão brasileira, como a Rede Globo de Televisão que pertence a família Marinho.
Algo que queremos debater e resgatar é a função social das mídias televisionadas. Por exemplo, aumentar sua programação educativa, de cidadania, que informem mais a população sobre suas direitos, que contribua para a diminuição de preconceitos de cor, religião e sobre as populações de diferentes regiões, cidades e estados do Brasil. Enfim, que contribua para a diminuição do estigma e a intolerância entre os cidadão brasileiros.
Todas entidades da sociedade civil e do poder público estão sujeitas a legislação civil e nós acreditamos que a população também tem o direito de requerer dos meios de comunicação televisivos programações mais condizentes com a necessidade da população e obter direito de resposta quando uma reportagem televisiva divulgar conteúdos acusatórios ou que prejudiquem cidadãos brasileiros sem que haja um a devida investigação em curso, pelos órgãos de justiça ou que minimamente leve em consideração diferentes pontos de vista sobre os mesmo assunto ou situação denunciada.
Logo abaixo, trouxemos alguns vídeos sobre este assunto para nos ajudar a refletir:
                              Clássico produzido pela BBC contando a história da Rede Globo.

Direito de Resposta conseguida pelo Leonel Brizola contra o Jornal Nacional
Direito de Resposta conseguido pela população contra o programa do João Kléber na Rede Tv!

                                  Mv Bill comentando sua participação no Programa do Faustão










quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A Saúde Mental na Comunidade da Rocinha: Equipe Tudo Acontece entrevista a psicóloga Adriele Baldessim


Nessa semana, temos o prazer de receber no nosso Blog a visita de nossa querida psicóloga residente Adriele Baldessim.  Ela chegou do Rio de Janeiro, onde esteve por um mês como residente em no Centro de Atenção Psicossocial III "Maria do Socorro", situado na comunidade da Rocinha.

Gediel: Qual foi o motivo de sua viagem? Quanto tempo você ficou?

Adriele: O que me levou para o Rio de Janeiro foi meu interesse em trabalhar num Centro de Atenção Psicossocial III de uma grande comunidade carioca. Quando surgiu a oportunidade de fazer estágio eletivo fora do município de Campinas, eu escolhi o Rio de Janeiro.  Fiquei interessada porque a rede de saúde mental de lá está em processo de ampliação.  Surgiram duas opões, a Rocinha e o Morro do Alemão. Fiz opção pela Rocinha considerando os meus horários. Fiquei um mês.

Gediel: Onde você ficou?

Adriele: A cidade do Rio de Janeiro é muito receptiva, porque tem uma relação especial com os turistas.  Eu fiquei no alojamento de estudantes residentes UFRJ em Botafogo onde também fui muito bem recebida tanto pelo programa de residencia multiprofissional como pela equipe do CAPS mencionado. 



Niltão: Minha amiga Adriele o que você achou do dia a dia da vida das pessoas na Rocinha?


Adriele: Eu, enquanto paulista, mesmo tendo morado em periferias do interior do estado noto algumas diferenças.  Por exemplo, na comunidade existem alguns problemas quanto a infra-estrutura. Nota-se uma uma proximidade geográfica entre bairros ricos, mas distantes no aspecto social. Mas também há bastante circulação de pessoas entre os bairros, por exemplo, existe uma quadra com baile funk frequentada por artistas famosos. Quando eu conversava com os usuários do CAPS onde eu fiz este estágio, alguns achavam a Rocinha um bom lugar para viver, outros já citam o medo dos tiroteios, e a opressão da polícia e do tráfico. 

Geovane: No CAPS da Rocinha como vocês lidam com uma pessoa que está em crise?

Adriele: Gio, assim como aqui, a equipe pensa em conjunto para cuidar deste usuário dentro do nosso plantel de possibilidades na instituição, na rede, no território. 

Benjamin Jacob: Como foi o transporte?

A viagem é acessível, durou cerca de sete horas. Eu fui de ônibus e a passagem custou por volta de 100 reais.


Bruno: Dri, você pode falar sobre algumas diferenças da rede de saúde mental entre nossa Rede e a Rede Carioca?

A Rede Carioca nos últimos anos tem recebido mais investimento e um olhar maior para o fechamento dos leitos psiquiátricos. Estão  abrindo serviços substitutivos e ampliando a rede. Há muita vontade dos trabalhadores de construir outras possibilidades. Mas a referência para a assistência à crise ainda passa pelos hospitais. Existem hospitais com muita história na cidade, por exemplo, o Instituto Nise da Silveira onde tem o Museu Imagens do Inconsciente, o Hospital Colonia ou ainda o Instituto Philip Pinel que são hospitais que estão em processo de desinstitucionalização. Em Campinas, por exemplo, existem apenas 70 leitos de internação no hospital Cândido Ferreira e outros serviços de cuidado à crise no território.  

Rodrigo: Como você observou a participação dos usuários e familiares no CAPS? Você teve algum contato com a participação popular na comunidade? Você pode falar um pouco sobre o processo de pacificação pela UPP (Unidade de Polícia Pacificadora)?

Quando eu conversava com os moradores eles pareciam ter um relação ainda muito difícil com a polícia. Dizendo não serem tratados com respeito, sempre com intimidações o que é tenso.
Não existe uma relação formal entre os grupos de representação social existentes na comunidade e o CAPS. No entanto, quando estes foram acionados por conta de um contexto especifico, estes puderam se aproximar e discutir. O CAPS tem 4 anos e em alguns espaços como a assembléia, eles estão tentando se organizar para a construção de um conselho local. Existe assembleia semanalmente e é uma espaço bastante frequentado e muito interessante.