sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Centro de Referência em Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e Discriminação Religiosa (C.R.D.H.P.C.R.D.R) por Luciano Noé Porfírio


      Na ultima semana de novembro, especificamente segunda feira ( 25) o grupo do Blog em realização a atividade proposta para este período, foi conhecer o CR.

       O grupo se reuniu no C. C Tear das Artes com alguma antecedência para que dali fossem até o local.

       O C. R fica no centro de Campinas na altura do n ° 1269 na  Avenida Francisco Glicério, 4 andar com atendimento das 9 às 17 horas. 

      Os serviços no local se dão de forma presencial e tratam de questões de combate e prevenção ao racismo.

      E não só isso conforme a advogada Eliane, uma das responsáveis por acolher as questões referentes aos atos racistas e descriminação, sugere que politicas junto a educação estejam em destaque para que as mudanças de fato ocorram e alcancem toda a sociedade.

    O que mostra os dados a partir de levantamentos realizados é o aumento do crime de racismo em 2023. E ai tem inseridos o aumento de denúncias de racismo religiosos contra espaços e pessoas que manifestam sua fé em religiões de matriz africana.

    Noticias como estas tem sido destacada pela mídia e atribui-se a isso a criminalização do racismo, a penalização a atos dessa natureza e a partir da luta daqueles que por vezes se silenciaram por não haver consequências a denúncia feita a respeito da violência sofrida ou a indignidade de se submeter por ter certa a retaliação devido a tal ato. 

   A questão racial não é uma questão trivial, mas juntos, todos, por meio do conhecimento, para visões alem do que esta pre estabelecido e com ações construtivas tenhamos um povo que se abrace. 

Redator: Luciano Noé Porfírio. 


Nota: O Centro de Referência  em Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e Discriminação Religiosa é um equipamento vinculado a politica de assistência social de Campinas criado em 2016. O Centro de Referência foi criado no intuito de combater esses crimes por meio de ações educativas e acolhimento de denúncias sobre racismo. Produz campanhas de conscientização e realiza palestras em espaços públicos e privados, além de registrar às denúncias de casos de racismo e discriminação religiosa.Realiza atendimento de portas abertas ( não precisa de encaminhamento).  Quem precisar de atendimento pode procurar o centro na  na Avenida Francisco Glicério, nº 1269 - 4º andar, das 9h às 17h, nos dias úteis.












 



segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

23 anos do Tear das Artes e 14 anos do Blog do Tear: é Nossa História



Equipe Blog do Tear + Equipe do Tear + Projeto Tecer


Hoje celebramos o aniversário do Tear das Artes que completa 23 anos em 17 de dezembro. Celebramos também os aniversários e aniversariantes do segundo semestre de 2024. Entre eles celebramos o Blog do Tear que fez 14 anos em agosto deste ano. 
Para essa comemoração reunimos relatos de nossos membros e membras sobre sua história no Tear das Artes e no Blog do Tear. 
"Nesse aniversário do Tear das Artes podemos estar falando do aniversário do Blog que fez 14 anos em agosto. Quero falar da importância do Tear das Artes porque sem o Tear não poderia haver o Blog. O Blog foi muito bom para o Tear porque é um espaço em que as pessoas chegavam desanimadas e ia embora com outro astral bem mais contente e alegre. Eu sou relator do Blog. As vezes no Blog nem sempre minhas matérias eram escritas do jeito que eu pensei. As vezes o grupo mudava porque tinha gente com opinião diferente. Conhecer o Tear para mim foi bastante legal porque as pessoas aqui atendem muito bem as pessoas. Devemos ressaltar também que falta mais funcionários porque as vezes a equipe não consegue atender toda demanda e o atendimento fica prejudicado".
"A minha história aqui falar a verdade também, eu frequentava o CIAD que era um programa que existia na PUC Campinas e já fechou. Não quiseram mais ficar comigo mesmo depois eu ter trabalhado 1 ano e 8 meses. Eu gostava de lá porque praticava esportes, jogava bola e nadava. Queria voltar a praticar exercícios. Eu não gosto quando as pessoas viram a cara pra mim e me tratam com preconceito e discriminação. Eu queria ter uma companheira ter uma pessoa que vivesse junto comigo e que eu me adaptasse a ela e ela se adaptasse ao meu nível igual eu ao dela. O Tear das Artes me aceitou muito bem e estou aqui até hoje eu não sei se vou sair daqui, gosto daqui. Eu quero um dia também ter um trabalho e minha independência financeira para poder fazer minhas coisas, inclusive, tirar minha barba sozinho. Eu participo do Blog, eu também faço de casa minhas história do Blog, escrevo minha história e minha matéria. Tem coisas que as pessoas fala comigo que eu gosto e tem coisa que as pessoas fala comigo que eu não gosto. É isso"
"Eu tava passando por um momento difícil e conheci o Rodrigo e o Bruno, psicólogos. Na época eu fui encaminhada para o CAPS David Capstrano e também conheci aqui o Tear das Artes. Foi muito bom pra mim conhecer o CAPS e o Tear das Artes. Aqui tem atividades e o Blog que eu frequento. No CAPS frequento o grupo de música de segunda a tarde. Eu também faço parte do Harmonia dos Sabores que faz a venda pastel e guaraná. Na época que eu conheci, a Elvira que me encaminhou para o Harmonia, eu entregava folheto no semáforo e a Elvira me encontrou e me encaminhou. Eu fiz a entrevista e passei e estou até hoje no Harmonia dos Sabores, que é um grupo de geração de renda aqui do Tear. Eu também participei muitos anos das atividades da Casa de Cultura Andorinhas, lá no Bosque do DIC I. Principalmente o Sarau do Bosque que o Benê Moraes fazia."
"Eu me lembro que passava em atendimento no Posto de Saúde do Vista Alegre e fiquei sabendo por meio do Rodrigo, psicólogo, do Tear das Artes. Eu vim com meu irmão Alcino. Nesta época também eu fiz o curso das Promotoras Legais Populares (PLPs). Eu conheci e valorizo as atividades que são oferecidas aqui e gostaria que muito mais pessoas soubessem. Sobre o Blog do Tear eu sempre achei muito boa a forma como nós éramos acolhidos aqui. A gente sempre teve a oportunidade de falar, de contar a nossa história e ouvir as histórias das pessoas. Teve época que a gente falava sobre os temas e assuntos da semana. Eu também me tornei conselheira do Tear. Foi depois do curso das PLPs que eu passei a me interessar pela participação política no SUS. A ex coordenadora do Tear, a Larissa, ela sempre me incentivou a participar. Na época eu participei das conferências municipal e estadual de saúde. Depois fui eleita conselheira local de saúde do Tear das Artes. Hoje entendo que a participação das pessoas é muito importante para fortalecer o SUS e apontar nossas necessidades, ninguém vai fazer por nós, é a gente que faz participando."
"Eu conheci o Tear em 2004, aqui tinha atividades de cestaria com canudos de jornal. Quem fazia era um homem voluntário aqui da região. Eu fiquei sabendo pelo Posto de Saúde do Vista Alegre. Eu na época fiquei sabendo do Laboratório de Informática em que a gente podia acessar computador e a internet. Na época tinha o Gilvan, músico, que trabalhava aqui no Tear e que dava aula de violão. Eu lembro de vir algumas vezes e depois em 2005 parei de frequentar. Anos depois minha mãe passou a frequentar as atividades aqui no Tear, ela fazia atividades físicas. Ela me contava das atividades aqui. Eu segui fazendo meus atendimentos no Posto de Saúde, Vista Alegre, e nas atividades do posto eram divulgadas as atividades do Tear e foi onde eu fiquei sabendo do Blog do Tear. Por volta de 2015 voltei a frequentar as atividades do Tear e conheci o Blog. Também frequentei atendimento de auriculoterapia oferecido pela equipe do Tear na época em que estavam na Casa de Cultura Andorinhas, no Bosque do DIC I. Lembro de no Blog a gente conversar sobre diferentes temas e assuntos. Tinha vezes que a gente não tinha acordo e a gente tinha que votar entre nós em qual era o assunto escolhido."
"No meu caso minha mãe frequentava o posto de saúde do São Cristóvão e eles lá já falavam que aqui já tinha o Tear das Artes. Na época eu não podia frequentar aqui porque cuidava da minha mãe. Depois que minha mãe faleceu as assistentes sociais do Centro Comunitário do Santa Lúcia me trouxeram aqui pro Tear, este ano. Eu passei a participar das atividades aqui e gostei. Aqui a gente fica mais calmo, concentro nas atividades, foge um pouco da depressão e isso acalma."
"Eu entrei aqui no Tear em 2023. Eu trabalhava no CREAS que é um serviço da assistência social em outra cidade e já vim para cá porque eu queria trabalhar na saúde mental. Na época o Tear estava em reformas e procurei informações pela internet. Encontrei as publicações do Blog, principalmente do Osvaldo. Quando entrei fiquei responsável pelo Blog e pelo Harmonia dos Sabores. Na época da reforma a gente fazia o grupo na associação de bairro do Parque Dom Pedro. As discussões do grupo eram mais intensas e as vezes bem tensas. Sinto que hoje o grupo está mais tranquilo e integrado. Um projeto que pensei na época era do PodCast que acabou não acontecendo, acho que por falta de recurso. Mas acredito que é um projeto que pode complementar o Blog e quem sabe a gente consegue realizar futuramente. Sobre trabalhar na saúde mental eu já tive experiência de fazer residência de urgência e emergência em Sorocaba (curso de pós-graduação) e trabalhei em CAPS também. Eu quis sair da assistência social porque sentia que no trabalho eu somente lidava com o sofrimento das pessoas no pior momento da vida delas sem ter muita possibilidade de ajudar. Principalmente por causa da justiça ser muito seca e mesmo quando a gente fazia relatórios e atendimentos a gente via situações muito difíceis como a retirada de guarda de crianças das famílias mesmo com os atendimento que a gente fazia. Eu sempre tive muito interesse de trabalhar com artes e criatividade. Na Saúde Mental o CAPS é mais perto disso mas sinto que aqui no CeCCo, no Tear, a gente tem muito mais possibilidades. Faço a oficina de criatividade aqui e também convivo com pessoas com múltiplos talentos de arte e literatura."

   
    Equipe Blog do Tear
                                                                                                                                      


segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

VISITA AO CENTRO DE REFERENCIA EM DIREITOS HUMANOS NA PREVENÇÃO E COMBATE AO RACISMO E DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA CAMPINAS - Por Osvaldo Souza dos Santos



"DESIGUALDADE É INUTIL E DESVOLUÇÃO CONTRA COMUNIDADE SIGNIFICA DESRESPEITO E INCONSCIÊNTE  E DISCRIMINAÇÃO CONTRA OS NEGRO E ATÉ A EMPRESA VAI PRO PAU E ISSO JÁ FICOU LÁ EM OUTROS TEMPOS ATRÁS E HOJE OS TEMPOS É OUTROS E RESTO A ESCULTURA DE CADA UM DE NÓS E UMA IMAGEM E UMA BOA OBRA COMO DEUS FEZ E TODOS NÓS TEMOS DIREITOS IGUAL E NÓS NEGRO TEMOS SANGUE SAUDÁVEL SIGNIFICA U QUE EU QUERIA DIZER EU JÁ RECEBI NOME DE TIFU E QUISSUCO DE ASFALTO E CHIMPANZÉ E PICOLÉ DE DE PINCHE E FUI DESPREZADO PORQUE EU É TANTÃ EU FUI DESFEITA DA SOCIEDADE POR QUE EU ERA DOIDO E QUANDO FOI PRA MIM IR PRA ESCOLA E REDE MUNICIPAL NÃO QUERIA ME DAR VAGA POR QUE EU TINHA DIFICULDADE JÁ PASSEI POR ISSO E SE FOSSE 100 ANOS ATRÁS NÃO PODIA PEGAR UMA CRIANÇA BRANCA NO COLO QUE A MÃE BRANCA NÃO DEIXAVA E AINDA QUE EU NASCI EM UMA ÉPOCA QUE FUI LIVRE E EU JÁ PASSEI RAIVA EU JÁ AGUENTEI INSULTO EU PERDI A PACIÊNCIA EU AGUENTAVA UMA PESSOA ATÉ ONDE EU TINHA A TOLERANÇA E A GENTE VIVI EM SOCIEDADE E FOI COISA DE MULEQUE JÁ PASSOU E O PAI E MÃE DO MEU TATARAVÔ E PAI E MÃE DA MINHA TATARAVÓ É DECEDENTE DE AFRICANA "