segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Reflexionalidade específicos sensibilidade emplexo humano


Não desrespeito uma mulher e quanto tanto não desrespeitei minha mãe mesmo não se desrespeito a mim próprio pedaço uma vida um corpo humano mesmo desfeito um pedaço um corpo humano vim feito do ventre da minha mãe através do meu pai que me fez a vida eu nascer mesmo me sinto desrespeito a mim mesmo desrespeito uma família ao um pedaço de mim outra mulher me desrespeitou mesma uma mãe desrespeitou um pai que poderia ter um filho mesma desrespeitou a vida a sociedade ao coração do povo mesma desrespeitou um pedaço da população mesma desrespeitou ausência preferência uma vida um bebê ao um neném que não estaria pedindo pra nascer ao meu filho que não estaria pedindo pra vir no mundo que seria uma garota ou seria um garoto faz parte do respeito educação obediência artificia humana na terra aprendi assim.

Não me acho sozinho em lugar nenhum mesmo me sinto conforto e amor e carinho e atração e desejo e afeto que aquece sistema energético que esquenta hormônio efeito natural sentado perto de uma mulher me sinto calmo consolável a falta ficou fazendo minha mãe desde quando a falta ficou fazendo meu pai que me fez a vida eu nascer em primeiro lugar na minha família e quanto tanta falta fez outra mulher em segundo lugar mesma falta ausência preferência uma vida um bebê ao um neném que não estaria pedindo pra nascer ao meu filho que não estaria pedindo pra vir no mundo que seria uma garota ou seria um garoto mesmo coração do povo ao uma vida sociedade mesmo pedaço da população me se conformo que não significo único e mesma uma mulher não significa única mesmo considerável uma só carne assim me sinto conformado ao fundo do meu coração ao fundo do meu peito outra mulher sentada perto de mim em qual quer lugar onde eu estiver e outra mulher acompanhada comigo e eu acompanhado com outra mulher mesma acompanhado uma família mesma uma mãe acompanhada um pai que poderia ter um filho mesma uma vida que valia um pedaço de mim ao uma vida uma garota mesma uma vida um garoto faz parte do respeito educação e obediência artificia humana na terra significa respeito uma mulher mesmo me sinto respeito a mim próprio mesmo conforto e amor e carinho e atração e desejo e afeto que aquece sistema energético que esquenta hormônio efeito natural me relaxa e me sinto calmo durante a discussão e controlável meu sistema nervoso não me sinto alterado com mulher nenhuma.

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Oficina de Lambe Lambe no Tear das Artes

 


A oficina no Tear das Artes já começou e é gratuita!


Durante seis encontros, vamos mergulhar no universo do lambe como linguagem de intervenção urbana, experimentando colagens, mensagens autorais e processos criativos que combinam arte e política no espaço público.

A cada encontro, vamos construir coletivamente uma narrativa visual que emerge das vivências e vozes dos participantes no território do Parque Universitário de Viracopos.

- Local: Tear das Artes – Av. Benedito Roberto Barbosa, 11 – Parque Universitário de Viracopos
- Datas: 25 de julho | 01, 08, 15, 22 e 29 de agosto
- Horário: das 14h às 17h
- Arte-educador: Sil Oliveira (@foradamargem)

Ainda dá tempo de colar com a gente!

Hey :) todos os espaços da programação são acessíveis. Se você precisar de algum recurso extra de acessibilidade nos dias das atividades, é só chamar a gente no (14) 99777-9503 ou no (19) 32665656


segunda-feira, 21 de julho de 2025

As Relações Humanas e Suas Contradições

Mãos Dadas 

As relações entre as pessoas e o mundo são muito complicadas.

Cada pessoa é um universo, um indivíduo a parte. Mas, todas as pessoas fazem parte da sociedade.

Baseado nisso refletimos sobre como está a qualidade das relações humanas e em sociedade.

Cada pessoa tem uma trajetória e por isso as experiências são diferentes umas das outras.

Uma preocupação nossa é a desumanização ou a desigualdade nas relações entre as pessoas. Será que hoje estamos menos gentis uns com os outros no mundo?

Integrantes do nosso grupo deram exemplos de situações muito graves de grosseria, violência e maus-tratos de umas pessoas com as outras.

Falamos de situações de desrespeitos graves aos direitos de pessoas com deficiência no mundo. Como um caso trazido de uma pessoa com deficiência visual que foi ajudada por um integrante do nosso grupo que foi desrespeitada quando embarcava no ônibus e foi vítima de preconceito e discriminação de forma muito grave.

Entretanto, também conversamos sobre o efeito da precarização das condições de trabalho e exploração da massa trabalhadora como, por exemplo, motoristas de ônibus. Com jornadas exaustivas e condições péssimas de trabalho e isso em nossa opinião é um gerador das violências e a da piora das relações entre as pessoas.

Ficamos indignados com o fato que proprietários de grandes empresas, políticos e pessoas com alto poder financeiro não são responsabilizados pelo mal que causam. Através da poluição do meio ambiente e desmatamento que provocam, desenvolvem suas atividades comerciais e econômicas e em muitas circunstâncias não fazem os investimentos adequados para o funcionamento de instituições e serviços. Por causa disso, muitos problemas podem ser gerados.

É inadmissível que não haja responsabilidade para patrões (as), chefias e políticos quando ocorre uma situação grave em sua empresa ou instituição provocada pela exploração de empregados (as) e pelas condições de trabalho e de funcionamento ruins.

Há também em nosso grupo quem avalie que hoje as relações entre as pessoas estão melhores, porém, infelizmente há muita competitividade entre as pessoas em todas as áreas da vida.

Percebemos também que há preconceito e discriminação entre as pessoas para construir relacionamentos afetivos. Um de nossos integrantes compartilhou conosco que sofre preconceito e discriminação por ser um homem negro e ser uma pessoa com deficiência. Na opinião dele muitas mulheres não se relacionam afetivamente com ele por causa disso.

Entendemos que o mundo está mais ou menos porque há coisas ruins que acontecem desde muito tempo, mas também temos muitos exemplos que nos inspiram e enchem de alegria e emoção. Dois integrantes do nosso grupo foram responsáveis junto com outras pessoas da comunidade pela reivindicação e construção de um complexo poliesportivo daqui da região onde fica o Tear das Artes.

Eles nos contaram que em sua juventude havia lugares no bairro que crianças e jovens se reuniam para praticar esportes como futebol, vôlei, skate e se reuniam também para brincar e se encontrar. Ambos lembraram como foi a história do que faziam e de como foi a construção do que hoje é uma quadra poliesportiva, campo de futebol, uma pista de skate e uma praça com uma academia pública. Sentem-se emocionados de alegria pela conquista que antes parecia algo que foi feito muito sem pensar, feito de forma natural. Sem ter a consciência do enorme benefício que estavam proporcionando a toda comunidade.

 

 

 

 

Visita dos (as) Profissionais do Programa de Residência em Saúde da Família da Prefeitura de Campinas



No Blog de hoje estamos recebendo a visita de 3 profissionais que estão fazendo estágio de 1 mês aqui no Tear das Artes.

Estes (as) profissionais são integrantes do programa de residência em saúde da família da prefeitura municipal de Campinas.

Elas (es) são a Marília, o Leonardo e a Eduarda. Eles estão fazendo estágio nesse mês no CAPS AD Sudoeste e no Tear das Artes.

Como a especialização deles (as) é de Saúde da Família eles (as) nos contaram que o programa dura 2 anos e o campo de estágio de referência deles (as) são os centros de saúde do SUS Campinas. Há 120 profissionais no programa de residência.

Elas (es) estagiam no Centro de Saúde Vista Alegre e Centro de Saúde Integração que ficam na região sudoeste e noroeste de Campinas, respectivamente. 

O estágio que estão fazendo aqui no Tear é chamado de estágio eletivo que dá a oportunidade de profissionais que estão no programa de residência possam estagiar noutros serviços da rede de saúde do SUS municipal. O que proporciona a elas (es) o entendimento e experiência sobre o funcionamento de serviços de diferentes complexidades de saúde.

Eles (as) informaram que a atenção básica é a porta de entrada do atendimento no SUS e que a saúde da família é muito importante para a população.

Eles são profissionais enfermeira, profissional de educação física e fisioterapeuta. 

Para o grupo, fazer estágio em serviços de saúde mental une interesse e a possibilidade de ter experiência em uma área que não tiveram oportunidade em sua formação.

O grupo informou que em sua prática na atenção básica tem tido a oportunidade de participar de atendimentos e processos grupais em que perceberam a importância da saúde mental na vida das pessoas e como a profissão delas (es) podem ser fundamental para promover ou restabelecer a saúde mental das pessoas.

Integrantes do Blog também perguntaram sobre se eles podem fazer todos os atendimentos que estão previstos na formação deles na atenção básica. O grupo informou que nem todos os tipos de atendimento são oferecidos na atenção básica, porém, é fundamental a população ter acesso a atendimentos com profissionais de diferentes formações no SUS e que tenham condição de fazer avaliação em saúde de uma perspectiva ampla e com condição de identificar diferentes tipos de questões para sua saúde e se for necessário encaminhar para outros tipos de serviço de saúde.

Em relação a saúde mental eles (as) nos colocaram questões muito significativas que tem percebido no dia a dia do atendimento que tem realizado no SUS.

Para o grupo o atendimento em saúde e saúde mental tem que ser humanizado e tem que ser feito com a duração necessária para a particularidade do problema de saúde que você está enfrentando. Esta lógica de atendimento deve ser ampliada para todos os atendimentos no SUS, para todos os profissionais de saúde.

O atendimento em saúde tem que ser realizado de forma cuidadosa e com a profundidade necessária para entender e lidar com as questões que cada pessoa está enfrentando no seu dia a dia.

Ao final conversamos sobre os problemas relacionados as condições de trabalho e infraestrutura dos serviços do SUS e a falta de investimentos de forma estrutural que o SUS enfrenta e que é responsável pela entrega de serviços com capacidade insuficiente para atender as necessidades da população.

O grupo manifestou preocupação que coincide com a análise que fazemos de que nossos serviços de saúde são insuficientes para atender o tamanho da população que atendem. As vezes até 3 vezes menos do que é necessário.

Há questões que conversamos de que atualmente no SUS enfrentamos falta e falta de reposição de profissionais para atender de forma adequada nas equipes dos serviços e que muitas vezes elas (es) como profissionais residentes são responsabilizados por lidar com demanda dos serviços no lugar da equipe que falta.

O grupo informou que o pagamento de profissionais da residência é feita pelo ministério da saúde e da educação, portanto, apesar de atuarem em Campinas não é o município que custeia o programa que eles fazem parte.



 


Por que estamos vivendo uma Crise na Saúde Mental em Campinas?


Atualmente em Campinas, estamos vivendo um período de crise na saúde mental.

Acompanhamos com bastante preocupação as notícias sobre os problemas no funcionamento da rede de atendimento em saúde mental do SUS. 

A rede de saúde mental é chamada de Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e é composta por serviços e profissionais que atuam desde a atenção básica, nos Centros de Saúde, até nos chamados serviços especializados como os CAPS que atendem o publico adulto, adolescentes e crianças com transtornos mentais (CAPS III e CAPSij) e pessoas que fazem uso problemático de álcool e outras drogas (CAPS AD). 

O Tear das Artes é um Centro de Convivência (CeCo) que também faz parte desta rede de serviços que ainda conta com as Moradias (Serviços Residenciais Terapêuticos), Consultório na Rua (CNaR) e Serviços/Projetos de Geração de Renda em Saúde Mental.

Os serviços de saúde mental do SUS em Campinas são administrados pela própria prefeitura municipal e também pelo Serviço de Saúde Dr Cândido Ferreira (Cândido Ferreira) que há mais de 30 anos mantém convênio com a secretaria de saúde de Campinas para gestão e administração de serviços ofertados a população.

O Cândido Ferreira administra 41 serviços de saúde mental. O que corresponde a 75% dos serviços de saúde mental em Campinas.

Pela notícia que recebemos o problema começou devido à necessidade de renovação do convênio entre a secretaria de saúde e Cândido Ferreira. Pelo informado há um impasse na negociação dos valores entre a prefeitura de Campinas e o Cândido Ferreira.

Tal fato está gerando uma crise na cidade, pois, segundo o informado pelo Cândido Ferreira há necessidade de reajuste no valor pago pelo convênio, pois, o valor pago atualmente é insuficiente para pagar o custo do funcionamento dos serviços.

Desde o final do mês de maio a prefeitura de Campinas e Cândido Ferreira estão em negociação sem chegar a um acordo. Até o Ministério Público foi acionado para intermediar a negociação. Pela informação que recebemos há a preocupação de que ela não esteja ocorrendo de forma justa e por isso está acontecendo a participação da justiça. Comissões constituídas por trabalhadores do Cândido Ferreira, por Pessoas Usuárias dos Serviços da Rede de Saúde Mental de Campinas (RAPS Campinas) e do Conselho Municipal de Saúde também estão participando.

Como consequência da falta de acordo começou a ocorrer cortes na alimentação e transportes fornecidos para as pessoas atendidas e há mais ou menos 3 semanas está ocorrendo uma greve de funcionários dos serviços de saúde mental administrados pelo Cândido Ferreira.

Sobre isso realizamos debate entre nosso grupo para compreender e conversar melhor sobre o que está acontecendo e partilhar as nossas preocupações relativas ao momento.

Compartilhamos aqui com vocês nossas reflexões:

Entendemos que a situação é grave e ameaça todo o funcionamento do atendimento em saúde mental do SUS da cidade. 

Entendemos também que grande parte da população ainda não tem informação e noção do que está acontecendo.

A prefeitura municipal de Campinas é responsável pela oferta de atendimentos em saúde mental independentemente se os serviços vão ser oferecidos pelos serviços municipais ou do Cândido Ferreira.

A prefeitura precisa priorizar a renovação justa do convênio para normalizar o atendimento em saúde mental na cidade.

Há um grande movimento na cidade que reúne trabalhadores, usuários de saúde mental e o movimento da luta antimanicomial de Campinas em defesa da rede de saúde mental de Campinas.

Foi informado que há risco de fechamento de serviços de saúde mental e demissão de 114 funcionários;

Entendemos que todas e todos o envolvidos tem o direito e precisam fazer manifestação pública e protestos porque parece que o prefeito municipal de Campinas não tem priorizado resolver a situação e não tem sido afetado pela crise que a cidade está vivendo. 

Entendemos que fazemos parte deste coletivo afetado e estamos participando das ações que estão sendo realizadas mesmo que o Tear seja um serviço administrado pela prefeitura.

A população ainda está pouco informada do que está acontecendo! É necessário fazer ações para informar a população.

No debate é importante levar em consideração que os serviços de saúde mental são imprescindíveis para a garantia dos direitos da população.

Por exemplo, sem os serviços de saúde mental os serviços de atenção básica, os Centros de Saúde e Postos de Saúde, não teriam condições de atender em profundidade os sofrimentos enfrentados por pessoas com transtornos mentais.

O atendimento em saúde mental tem que ser humanizado e tem que ser feito com a duração necessária para a particularidade do problema de saúde que você está enfrentando. Esta lógica de atendimento deve ser ampliada para todos os atendimentos no SUS, para todos os profissionais de saúde.

O atendimento em saúde tem que ser realizado de forma cuidadosa e com a profundidade necessária para entender e lidar com as questões que cada pessoa está enfrentando.


Encerramos nosso debate com votos de que a situação seja solucionada com respeito a quem trabalha e as pessoas que frequentam e precisam dos serviços de saúde mental.

Desejamos que todos os serviços e trabalhadores (as) sejam mantidos (as) e que a população seja atendida nas suas reivindicações, inclusive, com a melhoria do atendimento que já existe. 

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Homem Chora Sim


"Homem chora sim. Não podemos reprimir o choro, porque a tristeza volta mais forte." 

"Somos contrário a misoginia. O homem e mulheres devem ser considerados iguais em responsabilidades e em direitos. Todas as pessoas devem ser respeitadas"

Os homens choram em diferentes situações sejam elas alegres, tristes ou de raiva. 

"Toda pessoa quando nasce chora, então todo homem também chora."

Demonstrar empatia é extremamente importante, então as pessoas que se emocionam se aproximam das outras pessoas por conseguir respeitar seus sentimentos e, se respeita seus sentimentos, é capaz também de respeitar as outras pessoas e demonstrar compaixão e solidariedade.

Na educação masculina no Brasil é muito comum os homens serem criticados por não manifestar suas emoções. Isso na nossa opinião é um problema. Por outro lado vemos que as mulheres, em geral, são mais incentivadas e lidam melhor com suas emoções que os homens. 

Os homens e mulheres são acolhidos de forma diferentes quando choram.

Existem estudos que mostram que homens agem mais com a razão do que com a emoção e as mulheres agem mais levando em consideração suas emoções. Nos parece que isso não é somente uma característica de genero, mas que isso também está relacionado a cultura e a tradição da civilização que fazemos parte. Observamos que essa opinião se baseia em um argumento machista.  

O fato dos homens serem obrigados a não demonstrar seus sentimentos ou sentirem-se constrangidos, porque isso é visto como fraqueza, faz com que a maioria deles se tornem insensíveis ou que não demonstrem em nenhuma circunstância suas emoções. 

Além disso não demonstrar seus sentimentos pode tornar as pessoas mais vulneráveis e deixá-la mais exposta a violência. 

Nas histórias compartilhadas pelos homens em nossa conversa de hoje muitos relataram ter sido vítimas de violências que foram vítimas sejam elas psicológicas, morais ou físicas. 

Homens infelizmente também suicidam-se mais e também procuram menos por ajuda quando estão doentes ou enfrentando sofrimento mental.

Para alguns integrantes os homens não são ensinados a chorar porque no choro sua vulnerabilidade está colocada e a razão não basta. Porque a forma de sentir está relacionada a emoção sentida e não ao controle sobre as emoções. 

É importante valorizar e aceitar o choro e as emoções. Para muitos essa é uma forma de conseguir resolver seus problemas. 

Espaços de grupo são muito importantes para o acolhimento mútuo entre homens e isso é emocionante. Fazer parte de um grupo em que as pessoas te respeitam é muito importante para homens sentirem-se seguros para manifestar suas emoções. 

Homens devem demonstrar responsabilidade afetiva em seus relacionamentos afetivos e sociais. Entender que problemas não são resolvidos pela imposição da força é necessário para a transformação da masculinidade atual e possibilitar que o pensamento masculino seja mais acolhedor e respeitoso entre homens e de homens com as outras pessoas.

Segue abaixo alguns exemplos que conversamos hoje:

"A gente chora por ver o time do coração ganhar ou perder"

" A gente chora porque sente dor física ou dor da alma"

"A gente chora por perder alguém que ama"

"A gente chora de alegria e de tristeza"

"A gente não precisa ter um motivo que agrade os outros para chorar"

"Homens tem o direito de demonstrar fragilidade, sofrimento e vulnerabilidade e isso não os torna menos homens por isso"

"Cada um tem sua consciência emocionalmente, tradicionalmente familiar e masculina"





 


 


Por que existe o dia da Luta Antimanicomial?

  
  A luta Antimanicomial surge como movimento social e politico nos anos 80s (com as primeiras lutas), em  resposta a situação precária e abusiva em que as pessoas com transtornos mentais eram tratadas em hospitais psiquiátricos (manicômios), que se caracterizavam por condições de vida degradantes, violências e falta de cuidados.
 As famílias e a sociedade antigamente não sabiam lidar com pessoas com transtornos mentais.  Isto acarretava em isolamento social e familiar. As pessoas que eram consideradas diferentes e vulneráveis eram encaminhadas para hospitais psiquiátricos onde eram submetidas a tratamentos desumanos e cruéis, e acarretando em violações de direitos.
  Há registros na história brasileira de que mais de 60 mil pessoas morreram em hospitais psiquiátricos. Tendo sido apelidado de Holocausto Brasileiro em livro que conta a história do hospital psiquiátrico a Colônia de Barbacena, Minas Gerais. 
  A lógica antimanicomial está presente na sociedade, por exemplo, no caso de uma pessoa idosa, que os familiares não querem mais cuidar do familiar e querem interná-lo em instituição de acolhimento para idosos.  
  A luta antimanicomial defende o fim da internação em hospitais psiquiátricos, a construção de uma rede de atenção psicossocial (RAPS), com o cuidado em liberdade e a garantia dos direitos  para pessoas com sofrimento mental.
  Com o fechamento dos hospitais psiquiátricos surgiram como rede substitutiva os Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) que integram a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que buscam realizar o tratamento em comunidade e em liberdade. Nesta forma de tratamento, é proporcionado espaço para o cuidado com afeto, liberdade e com respeito aos direitos humanos. Os casos que necessitem de internação são encaminhados para leitos no prórpio CAPS ou em hospitais gerais. 
  O dia 18 de maio é o Dia Nacional  da Luta Antimanicomial, data em que são realizadas várias atividades e movimentações para lembrar a importância do cuidado em saúde mental em liberdade, 
promover  a conscientização, debates e discussões e fortalecer a rede de atenção. O  movimento busca garantir os direitos humanos das pessoas com sofrimento mental, combatendo o estigma e o preconceito.
 O movimento MLAC (Movimento da Luta Antimanicomial de Campinas) existe há mais de 30 anos e denuncia as internação forçadas em comunidades terapêuticas e clínicas psiquiátricas financiadas com dinheiro público e por entidades religiosas que continuam internando pessoas à força em locais onde violências são cometidas, assim como nos manicômios.
 E também tem os hospitais psiquiátricos judiciários, que são manicômios onde pessoas que cometem crimes tendo algum distúrbio mental são encaminhados. Nesses hospitais embora a justiça brasileira não preveja a pessoa pode ter sua pena com prisão perpetua, o que não existe na justiça brasileira.
   Em casos de internação a lei brasileira (Lei 10216 de 2001) foi estabelecida para que a pessoa que necessita, precisa ser internada com respeito a sua vontade. Há outras 2 situações que são a internação involuntária, indicada pelas equipes de saúde, e compulsória, determinada pela justiça. Mas, em todas estas situações o direito da pessoa em tratamento deve ser respeitado. Por exemplo, toda pessoa tem o direito de receber visitas e contatos telefônicos quando estiver no hospital. Os responsáveis, familiares e amigos tem o direito de saber que podem visitar ela ou ligar para ela e saber se não vai ter mal tratos ou isolamento social que prejudica o paciente. Se isso não for respeitado, desconfie.
   Por fim, recomendamos e é direito das pessoas que tem vícios em drogas  e são internadas pesquisar se não vai ter mal tratos por que pode ter abstinencia ou danos psicológicos porque esse tratamento não pode ter gatilho mentais do uso de drogas. Por isso é recomendado ir em serviço público do tipo CAPS, Centro de Saúde ou até pedir informações e frequentar Centros de Convivência como o Tear das Artes.

Equipe Blog do Tear